A greve tem paralisado até audiências agendadas, o juiz Marcelo Lima Guerra baixou portaria adiando as atividades.
Os servidores público da Justiça Federal, Eleitoral e do Trabalho estão em greve há quase um mês, em protesto contras as perdas salariais, não fornecidas pelo governo federal. Os grevistas estão lutando pela aprovação da PLC 28 que tramita no Senador Federal.
Em Quixadá, os serventuários da 23ª Vara Federal foi à primeira categoria a parar as atividades, em seguida, os agentes da 6º Zona Eleitoral e, na última sexta-fera, 26, foi à vez dos servidores da Vara do Trabalho de Quixadá.
A Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União-Fenajufe manifestou preocupação com a estratégia e argumentou que a paciência da categoria já se esgotou com as várias manobras que os governos executam para impedir a implementação dos reajustes da categoria e para evitar a instalação de negociação efetiva que garantisse o orçamento necessário.
O líder grevista na região é o técnico judiciário, João Nogueira, em entrevista ao portal Revista Central, afirmou que os servidores tiveram 56% de perdas salários nos últimos 9 anos, mesmo assim, o governo federal só ofertou 21,5% para os próximos quatro anos. “Estamos com apenas 30% do efetivo e só retornaremos após decisão de assembleia geral”, explicou o sindicalista.
{module [270]}
A Vara do Trabalho de Quixadá tem apenas sete servidores, sendo: quatro técnicos, três analistas, diretor e um juiz, além de agentes vinculados a prefeituras.
A greve tem paralisado até audiências agendadas, o juiz Marcelo Lima Guerra baixou portaria adiando as audiências.
O Diretor Geral do Supremo informou que o ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) já tem autorização da presidência da República para dar continuidade a um processo de negociação diferenciado com o STF. O objetivo, segundo ele, é melhorar a proposta entregue ao ministro Ricardo Lewandowski na quinta-feira, 25, que estabelecia um reajuste de 21,3% sobre a folha de pessoal.
Para a Fenajufe, o importante agora é que o STF atue em todos os sentidos para garantir a dotação orçamentária que permita a aprovação e implementação imediata do PLC 28/2015.