Em 9 anos, os servidores pedem o percentual de 52% para a equiparação, mas o governo só oferece 15%, ainda parcelado em até quatro anos.
Os servidores da Justiça Eleitoral paralisaram as atividades nesta terça-feira, 17, em prol de compensação salarial. Eles denunciam que estão há 9 anos sofrendo perdas em suas remunerações e o governo federal não tem interesse, em aprovar uma lei que está praticamente engavetada, no Congresso Nacional.
O técnico judiciário Vicente de Paulo da Silva, que também é o chefe do Cartório da 6º zona eleitoral, que compreende os municípios de: Quixadá; Banabuiú; Choró; e Ibaretama fala o motivo dessa paralisação e garante em tudo indica que, a classe entrará em greve no Ceará, a exemplo de outros estados.
Desde 2006, a categoria não recebe correção salarial, isso acontece justamente porque o governo federal não paga a chamada data-base, que é, a correção anual dos valores salariais de acordo com a inflação. Os servidores participam da paralisação pela aprovação do PLC 28/2015. Os serventuários da 23ª Vara da Justiça Federal em Quixadá já estão em greve.
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“Essa manifestação é um ato em prol da campanha salarial, o governo de forma intransigente dá as costas para os servidores do Poder Judiciário, por isso, essa semana a categoria decide quando começará a grave”, explicou técnico judiciário e acrescentou: “antes a gente faz paralisação por 24 horas, interrompendo a prestação de serviços”.
Em 9 anos, os servidores pedem o percentual de 52% na equiparação, mas o governo só oferece 15% e ainda parcelado em até quatro anos.
Por fim, Vicente explica: “a intenção da paralisação é sensibilizar as autoridades e principalmente o governo federal, que por sinal, é o maior culpado desse caso, para que ele ouça os trabalhadores e conceda o nosso reajuste”. É importante destacar, que os servidores não estão pedindo aumento de salário, mas que as perdas dos últimos anos sejam compensadas.