Os escândalos podem, mais uma vez, tirar um secretário municipal do governo João Hudson. A Câmara Municipal criou uma sindicância para apurar as possíveis fraudes.
Os assessores do Secretário Municipal de Educação, Antonio Martins, estão a todo modo tentando abafar um dos maiores escândalos na administração municipal, trata-se da Creche do Carrascal, na cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense. Os vereadores denunciaram que, mais de R$ 300 mil reais foram desviados dos cofres públicos, mesmo assim, o gestor não comentou esse caso.
Os vereadores Kelton Dantas, Eranir Távares e Audênio Morais protocolaram denúncia e pedido de investigação na Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (PROCAP) e também No Tribunal de Contas dos Municípios-TCM. O vereador Higo Carlos protocolou denuncia no Ministério Público Federal, em Limoeiro do Norte. As denunciaram fecham o circulo de corrupção na administração municipal de Quixadá.
De acordo com as informações no site do Tribunal de Contas dos Municípios-TCM, Antonio Martins ordenou pagamento no valor de R$ 669.328,65,00 (seiscentos e sessenta e nove mil, trezentos e vinte e oito reais e sessenta e cinco centavos). A situação para Antonio Martins é mais delicada do que para o prefeito João Hudson, pois, o secretário é o responsável pelos pagamentos.
Matéria Relacionada: Prefeitura de Quixadá pagou por Creche inacabada e vereador denuncia possíveis desvios de R$ 300 mil
Creche já foi paga, mas faltam quase 50% das obras
No dia 11 de junho de 2012, ainda na gestão do ex-prefeito Rômulo Carneiro, foi realizada uma licitação, a empresa vencedora começou a construção da creche, mas abandonou em 2014, durante a gestão do prefeito João Hudson, curiosamente, a empresa deixou um “esqueleto”, mesmo assim, os vereadores afirmam essa empresa já recebeu mais de 60% do valor. Ocorre que, no dia 17 de setembro de 2014, a Prefeitura Municipal de Quixadá realizou nova licitação, onde outra construtora venceu o certame.
A nova construtora recebeu a obra sem o piso das salas, muro, ou seja, com pouca coisa construída, agora, ao requerer o pagamento, descobriu que, a outra empresa já havia recebido boa parte do que se quer havia feito. No prejuízo, tendo em vista que a Caixa Econômica Federal não fará novo pagamento das mesmas medições, os responsáveis resolveram paralisar a obra.
“Encontramos várias irregularidades e está deflagrado, claro e inequívoco, desvios de recursos públicos, na ordem de R$ 300 mil reais”, denunciou o vereador Audênio Morais e acrescentou: “Nós temos a comprovação que a atual empresa parou a obra porque já foram pagas medições a outra empresa, sem que o serviço tivesse sido feito”.
Os escândalos podem, mais uma vez, tirar um secretário municipal do governo João Hudson. A Câmara Municipal criou uma sindicância para apurar as possíveis fraudes. Muitos acreditam que agora Antonio Martins será exonerado ou pediram para sair.
Confira as fotos da situação da obra paralisada: