Com relação às recargas de cilindros, a empresa esclarece que não 19 mil trocas de cilindros, mas em metros cúbicos.
No dia 20 de abril de 2015, o portal Revista Central publicou uma matéria destacando as licitações dos últimos três anos no Município de Quixadá, cujo objeto, era a aquisição de oxigênio para a Secretaria Municipal de Saúde. A reportagem relatou que uma única empresa teria vencido o valor de R$ 1.868.456,50 nos certames.
A cerca do assunto, o empresário João Cordeiro e a sua esposa Denise Fernandes, procuraram o portal Revista Central para esclarecer os fatos e explicar os procedimentos adotados pela contratante (prefeitura). O casal bastante gentil pediu, para ter o direito de resposta e deixar claro que a sua empresa trabalha dentro dos princípios da legalidade e da transparência, há mais de 30 anos.
João Cordeiro explicou que ele é o único fornecedor de oxigênio na região, acredita que os seus concorrentes de Fortaleza não têm interesse em participar das licitações, porque sabem da dificuldade de receber os pagamentos. “Que culpa tenho eu, se as demais empresas não participam?”, indagou o empresário. Além de Quixadá, a empresa presta serviço em Choró, Banabuiú e Ibaretama.
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Conforme explicou, em 2013 a João José Cordeiro ME venceu uma licitação no valor de R$ 326.000,00 (trezentos e vinte quatro mil, novecentos e setenta e cinco reais e sessenta centavos), porém, só forneceu R$ 324.97,00, “o valor da licitação é um, mas sempre o valor vendido para a Prefeitura é bem abaixo, como aconteceu em 2014, onde a licitação foi R$ 805.296,50, mas eu só faturei em notas, R$ 396.616,00, ou seja, sobrou R$ 408.686,50”, explicou o comerciante também do ramo de baterias.
Quando o fornecedor cita que sobrou R$ 408.686,50, de uma licitação, quis explicar não foi consumido o valor planejado pela prefeitura, ou seja, não foi pago a ele, evidentemente, não foi desviado porque não teve emissãod e notas.
O comerciante explica ainda, que a mesma situação deve ocorrer em 2015, “a licitação foi R$ 737.160,00 (setecentos e trinta e sete mil cento e sessenta reais), mas raramente a prefeitura comprará esse valor”, suspeita.
Com relação as 19 mil recargas em 2015, Denise Fernandes esclarece com exatidão, “não serão 19 mil trocas de cilindros, mas em metros cúbicos”. Infelizmente a publicação da licitação, postada no portal do Tribunal de Contas dos Municípios-TCM não é clara.
Conforme explicou, um cilindro grande tem 7 m³, dividindo 19.000 m³, fica apenas 2.714 cilindros por ano. Em uma eventual soma mensal fica 226 cilindros mensal, 45 Semanal ou 7 por dia.
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Cordeiro deixa claro que, “a prefeitura pode até atrasar os pagamentos, pode falta remédio no hospital ou qualquer outra coisa, mesmo oxigênio, porque, eles solicitam e eu mando”. O empresário fez questão de mostrar nota por nota, os formulários de entrega dos vasilhames no hospital.
Fica evidente, que a empresa trabalha com seriedade e transparência. Em pesquisa, de fato não existe outro fornecedor na região. “Nós não nos envolvemos com política”, deixa claro João Cordeiro.
O diretor do Hospital Eudásio Barroso, José de Paiva, comentou que em Quixadá, tem várias pessoas que usam oxigênio em casa, mas fornecido pela prefeitura.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Quixadá, em nenhum momento, se posicionou sobre o assunto.