Ainda caberá recursos no pleno do TJDF-CE e no STJD, mas, na pior das hipóteses, Leão corre o risco de jogar a segunda divisão do Campeonato Cearense em 2016.
Com a denúncia feita pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado do Ceará (TJDF-CE), ao Fortaleza, ainda sobre o caso David Madrigal, em 2002, o julgamento está marcado para esta quinta-feira (26), um dia após o primeiro duelo diante do Sport, pelas quartas de final da Copa do Nordeste. Na ocasião, caso o Fortaleza seja condenado, correrá o risco de ser excluído da edição 2015 do Campeonato Cearense.
Já são 13 incansáveis anos rodeado pelo mesmo assunto, em que o Fortaleza contesta o título estadual de 2002 do Ceará, após suposta irregularidade envolvendo o atacante costarriquenho David Madrigal. No pior cenário imaginável para o Leão, o time corre o risco de ser excluído do Cearense, e consequentemente, rebaixado à segunda divisão estadual. Um pesadelo inédito em quase 100 anos de história. E ainda tem um maior agravante: ficaria, pelo estadual, fora da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil de 2016.
Em tese, se for determinada a exclusão do Fortaleza, ele estará automaticamente rebaixado. Mas dependerá do grau de punição e do relator do processo, caso isso seja determinado. Se a Procuradoria entender que há exagero na punição, ou inadequação, o processo poderá ser recorrido ao pleno do TJDF. Mas caso haja punição, o Fortaleza poderá recorrer. Existem duas possibilidades, além do Pleno local, poderá levar a situação para o pleno do STJD – explica o presidente do TJDF-CE, Jamilson Veras.
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Mas a situação do Tricolor do Pici é observada de longe com um fio de esperança, que vem direto do Interior. Caso o Fortaleza seja excluído, automaticamente, o Quixadá herdará a vaga para as semifinais da competição. Então, buscará possíveis vagas na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e, principalmente, na Série D do Campeonato Brasileiro.
O Quixadá, com a eliminação, se desfez de mais da metade do elenco. Ao todo, dez jogadores deixaram o Canarinho do Sertão. Mas o presidente Valmir Araújo se mostra descrente com o possível cenário desenhado. Manteve 15 jogadores do atual elenco ao menos até o dia do julgamento.
– Eu estou sabendo disso (o julgamento do Fortaleza). Antes, já havia rescindido com 10 jogadores. Uma parte já viajou para outros clubes. Fui pego de surpresa com essa situação. Com a experiência que tenho com o futebol cearense, acho que não irá proceder (a punição). Isso é uma opinião pessoal, mas acho difícil o Fortaleza ser excluído. Se ocorrer, caberá recurso e o campeonato ficará parado. Vou esperar de qualquer forma, mas me mostro pessimista – declarou Valmir Araújo.