Recentemente um adolescente quase perde a vida tentando “salvar” uma bola. Muitos futuros craques poderiam brilhar no esporte.
O esporte é um mecanismo que afasta os adolescentes e jovens do submundo da drogadição, mas em Quixadá, no Sertão Central cearense, esta “arte” não é levada a sério pelo Poder Público Municipal. Faltam espaços esportivos e, os que têm, estão deteriorados ou não são liberados para a moçada.
A frente da Secretaria de Participação Popular, Esporte e Juventude, João Luis Queiroz Alencar (Janjão), não tem tido competência administrativa para mudar o perfil esportivo. O Ministério Público Estadual acusou e a Justiça Estadual afastou Janjão acusado de participação em esquema fraudulento que supostamente desviou dinheiro público.
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Sem opção de espaço esportivo, os adolescentes e jovens improvisam campinhos, mas não escondem o sonho de terem espaços adequados, como afirma o Tiago Oliveira, 19 anos, aluno do 1º ano no Colégio Cel. Virgilio Távora: “jogamos aqui na Praça do Chalé porque não temos uma quadra”. Yago Santos, com apenas 10 anos e estudante do Colégio José Jucá, reclama que às vezes deixa de jogar por falta de bola. Em protesto, quando foi tirar foto fez questão de mostrar as precárias condições, “seria bom se a gente tivesse uma quadra, às vezes nem bola tem”, o menino se emociona ao lembra que deixa de jogar porque às vezes não tem condições de comprar uma bola nova.
No espaço foram colocados tijolos para conotar traves e como o “campo” é aberto, muitos carros tem estourado as bolas. Recentemente um adolescente quase perde a vida tentando “salvar” uma bola. Muitos futuros craques poderiam brilhar no esporte, se este tivesse pessoa compromissas com o desenvolvimento da cidade.
O time é grande, mas no dia que fomos visitar a convite dos atletas amadores, estavam os “craques”: Jadson Ribeiro, 14; Yago Santos, 10; Tiago Oliveira, 19; Jadson da Silva 13; Flávio Rafael, 11; Kaio, 12; e, Daniel de Lima, 11, eles moram nos bairros Centro e Baviera.