A loja vem praticando este tipo de abordagem em muitos clientes. O advogado vai acionar judicialmente a Lojas Americanas com objetivo de reparar o dano causado.
Ir a uma loja, pagar pelos produtos adquiridos e ainda ser acusado de furto diante de inúmeras pessoas, casos assim, tem sido relatado por inúmeros clientes das lojas Americanas. O que chama a atenção é que, no interior do estabelecimento existem diversas câmeras com objetivo de evitar fatos que venham a constranger e expor a clientela ao ridículo.
Mesmo diante desse arsenal tecnológico, um advogado e a sua esposa, que é professora, em Quixadá, nunca mais vão esquecer o feriado de São José, Santo padroeiro do Ceará, isso porque quando estavam saindo da loja foram impedidos sob a acusação de furto, ali, estavam outros clientes que viram toda abordagem. Segundo relatos de testemunhas, um segurança teria gritado em voz alta “é um livro”, como se o advogado estivesse surrupiado o material, mas nem livro havia na sacola de suas compras.
Diante da repercussão do caso nas redes sociais, a produção do portal Revista Central manteve contato por telefone com as vítimas. O advogado Renato Moreira Abrantes ainda muito abalado com a situação disse que nunca imaginou passar por lastimável situação de ser acusado de furto em uma loja. A sua esposa Kerya Felipe de Castro disse que presenciou toda a cena, “eu fiquei envergonhada, porque tinha muita gente que viu o alarme tocando”.
“Fui surpreendido, na parta da loja, com aviso sonoro do sistema antifurto. detalhe, estava com todos os produtos devidamente pagos” disse o advogado e acrescentou em uma publicação em sua página pessoal do facebook para explicar o caso: Só deu tempo eu abaixar a cabeça, quando chegou o vigia da loja, impedindo minha saída, e dizendo que era o livro. Ora, qual livro? Não tinha comprado livro nenhum, muito menos furtado”.
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“Naturalmente, todos os que estavam no hall de entrada da loja voltaram-se para mim, como que a procurar o “ladrão” que tinha sido pego subtraindo algo escondido nas roupas”.
Segundo o advogado, mesmo envergonhado com aquele “teatro”: “Voltei ao caixa que me tinha atendido e fui obrigado a retirar todos os produtos das sacolas, até que o funcionário encontrou o dispositivo que aciona o aviso sonoro esquecido num dos produtos”.
Por fim, o cliente desabafa: “Nunca tinha me imaginado numa situação vexatória dessas. Até agora estou um tanto quanto abalado, envergonhado, com um sentimento de dor, por, depois de ter pago um valor considerável (além das compras da minha esposa), ser tido e tratado como um ladrão”. A Loja não quis comentar o caso.
Outros clientes relatam situações constrangedoras da mesma rede, o jovem Nailton Santos disse: Uma vez fui comprar um celular na mesma loja e antes de efetuar a compra percebi o jeito que o segurança me olhava de uma forma como se eu tivesse ali para roubar, e, não para fazer uma compra. Sei que ele estava fazendo o seu trabalho, porém, poderia ser mais discreto”. Caso identifico ocorreu com Damy Sodré Mary Kay: “comigo uma vez ocorreu o mesmo ,a funcionária esqueceu de retirar o dispositivo do alarme do produto, me senti constrangida. Não o fato em si, mas a maneira como os seguranças agem, sem nenhuma discrição, isso cabe até ação na justiça, por constrangimento”. Alfredo Martins Mascarenha também foi mais uma vítima da loja:”passei por situação idêntica, o constrangimento é horrível, chamei a atenção de todos inclusive do gerente e demais funcionários”.
Diante dos inúmeros relatos, observa-se que, a loja vem praticando este tipo de abordagem em muitos clientes. O advogado vai acionar judicialmente a Lojas Americanas com objetivo de reparar o dano causado.