Usuários da região serão processados por compartilhar conteúdo de “fake” no facebook

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Em Quixadá, dezenas de pessoas que compartilharam conteúdo de um blog gerenciado por um “fake” estão na triste lista dos que poderão sentar no banco dos réus.

As delegacias de Polícia Civil da região do Sertão Central cearense têm recebido dezenas de pessoas registrando ocorrências, vítimas de crimes virtuais, também tipificados como delitos cibernéticos. Os denunciantes sofrem diversos constrangimentos provenientes de perfis falsos, popularmente conhecidos como “fake” (“falso” em inglês).

Recentemente uma jovem de Quixadá foi massacrada nas redes sociais sob acusação de manter relacionamento amoroso com um político. Logo, centenas de usuários que seguiam o “fake” compartilharam a publicação, o caso foi registrado na Delegacia Regional de Polícia Civil e dezenas de pessoas já foram intimidas para prestar depoimentos.

Recentemente um escritório de advocacia de Quixadá foi contratado para mover uma ação coletiva que pode atingir centenas de usuários do facebook que compartilharam material relacionados a outros casos. A maioria compartilhou conteúdo de blog “fake”. Os trabalhos ainda estão em fase de localização de endereços, mas há dezenas de cópias de acusações que segundo as vítimas, os responsáveis terão que provar o material compartilhado.

Como denunciar o “fake”

As redes sociais costumam manter canais de denúncia dos perfis falsos. O Facebook coloca um botão em todos as páginas criadas para que seja possível denunciá-los. A queixa é anônima e a rede social afirma não passar de forma alguma seus dados ao perfil denunciado. O andamento do processo pode ser checado na própria rede social. Há também uma página específica para denúncias nos casos em que a vítima não tem uma conta na rede. Antes de alcançar a incrível marca de 1 bilhão de usuários mensais ativos, o Facebook já havia começado a fazer uma limpa na rede social. Aqueles 83 milhões de perfis considerados falsos pela empresa.

Recentemente a Folha de São Paulo disse que o programa CQC da TV Band destacou uma reportagem que apresenta graves acusações contra Agnelo Queiroz. Segundo a apuração de Oscar Filho, o petista estaria bancando uma “quadrilha virtual” que se focava em espalhar falsas notícias sobre adversários políticos do governador do Distrito Federal.

A denúncia foi feita por uma das pessoas contratadas para participar do trabalho sujo.

“Agnelo é chefe de uma quadrilha especializada em dilapidar os recursos públicos.” As aspas pertencem à deputada distrital Celina Leão, do PDT.

Os ataques tantas vezes atingiam primeiramente todos aqueles que apresentavam denúncias contra o governo do DF.

O esquema era terceirizado por uma agência de propaganda contratada por Agnelo com a Sarkis Comunicação, que tinha a responsabilidade de tocar o trabalho.

Sérgio Diniz e Rosa Sarkis, proprietários da Sarkis Comunicação, davam as ordens para o trabalho ser feito.

O deputado federal Fernando Francischini (SDD/PR) foi acusado pela quadrilha de ser chefe de um grupo de extermínio, notícia falsa essa que foi plantada num site americano em inglês. Após traduzido, foi enviado para um blog falso assinado por uma jornalista também falsa.

Os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e Cristovam Buarque (PDT/DF) foram também vítimas dos perfis falsos.

Em Quixadá, dezenas de pessoas que compartilharam conteúdo de um blog gerenciado por um “fake” – denominado de Jaimes Arantes, com identidade inexistente, estão na triste lista dos que poderão sentar no banco dos réus. O “fake” também publicou nomes de menores infratores e possivelmente será alvo de uma ação do Ministério Público Estadual.

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