Coluna Amadeu Filho: O vencedor que tornou-se “O Chefe” com muita simplicidade

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ochefePara contar a verdadeira história deste guerreiro seria necessário um livro.

 

Ele “tirou leite de pedra”, enfrentou a rudez, bateu enxada no chão, suou muito, conheceu muito bem a aridez do ambiente sertanejo trabalhando junto com o pai Manuel Luís Rabelo(Neco), a mãe Dona Júlia Rabelo e os irmãos. Uma família verdadeiramente do sertão quixadaense, distrito de Barra do Sitiá, no lugar Santo Antônio. Foi aí que nasceu Aloísio da Silva Rabelo, no ano de 1934. Aprendeu a ler com seu pai e as aulas só aconteciam de setembro a dezembro, fora do período da plantação.

Em 1944, veio para a cidade, exatamente para estudar no Grupo José Jucá. Mas em 1948, voltou para o seu sertão, pois sua tia havia adoecido. Foi o senhor José Maria Aguiar o responsável pela sua vinda definitiva (1952) a cidade de Quixadá. A sua tia que recebera uma visita deste amável cidadão lhe pediu um emprego para o jovem Aloísio. E assim, durante 4 anos, trabalhou na mercearia de José Maria. Além de atender os fregueses, cuidava de outros afazeres como cortar lenha, puxar água para a caixa d’água (durava 75 minutos), fazia mandados. “Tirei até leite de vaca” nos conta com uma forte emoção. Mas a partir de 1959, seu pai montou um comércio para o dedicado filho na Rua Epitácio Pessoa onde começou a mostrar todo o seu potencial como vendedor, atendendo a todos com um jeito todo especial.

Em pouco tempo, veio trabalhar com o Senhor Francisco Nepomuceno no “Armazém Sitiá”, um dos seus grandes incentivadores. Alguns anos depois já se vão mais de 54 anos, iniciou seu grande momento nos negócios montando o famoso ponto comercial – “O Chefe”, denominação baseada num apelido que lhe foi dado pela comunidade.

O cognome “O Chefe” surgiu pelo fato de quando ter deixado a Barra do Sitiá, sua mãe lhe havia recomendado: “Não chame ninguém de “Seu Zé”, “Seu Menino” e, sendo mulher, não a trate como “Comadre”, “Dona Maria”. Como Aloísio praticamente não conhecia ninguém na cidade, ficava se comunicando com as pessoas de uma forma diferente: “Bom dia chefe amigo!”, “como vai chefe amigo?” e assim, de forma definitiva, ficou conhecido por todos como

“O CHEFE”.

Seu Aloísio, casou-se em 1960 com Naidinha (filha de seu Júlio Leles, barbeiro), na igreja do Choró em cerimônia realizada pelo padre José Bezerra. É pai dedicado de Henrique e Júlio que receberam do pai a vontade de trabalhar e servir. Para contar a verdadeira história deste guerreiro seria necessário um livro, mas como a simplicidade é sua marca maior, sei que ficará feliz com este simples texto, mas que foi produzido pelo coração. O nosso amigo Aloísio( O Chefe) faz parte da vida dos filhos da terra dos monólitos. Com certeza!

Acessando o blog Amadeu Filho você terá a oportunidade de conhecer mais sobre a história de Quixadá.

Amadeu Filho
Colunista da RC
Radialista Profissional
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