Um menor foi passar alguns dias na cidade de Baturité e os outros dois estão escondidos.
A mãe de um dos adolescentes envolvido no caso em que um animal foi morto após sofrer torturas por três menores de idade na cidade de Ibicuitinga, no Sertão Central cearense, falou com a reportagem do portal Revista Central. Uma mulher trabalhadora chora com a situação e pede que ninguém faça Justiça com as próprias mãos.
A mãe do suposto chefe do trio acusado de colocar álcool e em seguida atear fogo em um animal falou sobre o caso. Maria Edilene de Oliveira, 45 anos, auxiliar de serviços gerais da Escola Municipal Eneias Ferreira, disse que nos últimos dias a vida de sua família tem sido conturbada pelas circunstâncias do repudiado ato de crueldade contra uma gatinha de apenas 3 meses. Ela é mãe do infrator O.O., 17 anos, aluno do 9° ano, apontado pela Polícia Civil de Russas como responsável pela arquitetura da infração.
A avó do menor, uma idosa chora as consequências e diz que o seu neto não conseguia mais dormir após ter matado o animal, “eu nunca esperava isso, é um menino bom”, defende a aposentada.
“O meu filho não é esse monstro que o povo está julgando, ele errou, é um menino que estuda”, afirma a mãe bastante nervosa com a situação. Ainda em sua fala, disse que teve que retirá-lo da cidade devido ter sofrido ameaça de morte por populares, “uma multidão queria matar o meu filho na porta da casa da minha mãe, eu temo pela vida dele”, garante a trabalhadora. Ele foi embora para a cidade de Baturité.
Ainda em defesa de seu filho a auxiliar disse que tudo isso foi porque ele se juntou com os demais. Para garantir a renda da família a senhora ainda vende dindin, o seu esposo é artesão.
Maria Eliene de Sousa, 41 anos, era a dona do animal, “na verdade era uma gatinha, tinha apenas três meses e não merecia essa covardia desses irresponsáveis”. Populares a todo tempo gritava, “queremos Justiça”.
No vídeo aparece uma criança pedindo para os demais parar com a tortura, tinha apenas 10 anos. Segundo a sua mãe ele ainda foi ameaçado pelos demais, “eles mandaram que o meu filho saísse se nem colocavam fogo nele também”, mencionou.
Os autores são conhecidos na cidade como menores problemáticos, é o que garante o Delegado de Russas, Dr. José Milson Teixeira Pinho, e muda a versão da genitora do chefe do trio, “a mãe desse adolescente de 17 anos disse que o menino é problemático e que ela mesma não aguenta mais”, disse o Delegado que afirmou ainda já ter mandando os autos para o Ministério Público Estadual. A Promotora responsável não estava na cidade.
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