São 162 presos, duas vezes mais do que a capacidade da unidade prisional.
Um levantamento realizado pelo portal Revista Central mostra que a situação de presos atualmente na Cadeia Pública da cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense, estão sob os cuidados jurídicos da Defensoria Pública. Os dados revelam que os acusados são provenientes de famílias pobres, portanto, sem condição de contratarem Advogados particulares.
A maioria dos presos são oriundos de familiares de baixa renda, muitos deles, acusados de furtos e de tráficos, mostrando que o crime não compensa. Sem dinheiro e sem estrutura, cabem apenas dois Defensores Público o difícil papel de buscar um julgamento mais digno para os detentos.
Os Defensores Públicos, Dr. Júlio Cesar Matias e Dr. Francisco Firmo Barreto de Araújo tem a grande missão, que é buscar a melhor defensa para os amparados pela justiça gratuita. Porém, são 99 presos para apenas dois profissionais, mesmo assim eles têm trabalho incessantemente, prova disso, foi que esta semana os dois foram visitar os acusados na Cadeia Pública de Quixadá.
Segundo o Dr. Júlio Cesar a visita foi mais uma de rotina, afirmou que sempre acontecem essas visitas, só assim tem como conversar com os detentos e articular uma defesa mais coerente. Durante dois dias, todos os 99 presos foram ouvidos pelos seus procuradores jurídicos.
Eles constataram que havia um preso desde de 2004, e que deveria ter sido solto, mas a falta de celeridade da justiça, permanecer encarcerado mesmo com o direito a liberdade.
Segundo o agente penitenciário Viana, só há separação de presos acusados de crime de estupros, os classificados de “duzentão” e baseado na leia Maria da Penha. Os demais não há separação. Afirmou que são 162 presos, mais do que o duplo da capacidade da unidade prisional.
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