Entrevista do idealizador do projeto José Nilson Ferreira Filho
Como nasceu a idéia do jornal?
O jornal é um sonho que eu sempre trouxe na minha mente e no meu coração. Esse desejo do meu coração me fez pensar em trazer para Quixadá um periódico, que tivesse uma abrangência local, com uma característica muito própria do regionalismo, da vida da cidade.
O desejo de estar mais próximo da comunidade, mais próximo da vida de Quixadá, daquilo que acontece aqui, do que é efervescente e dinâmico, do que acontece na cidade, me fez procurar e conversar com algumas pessoas, como Miguel Peixoto, por exemplo. O Miguel, conforme me disse, sempre desejou isso também. Então começamos a conversar, a divagar e criar projetos, tentar encontrar pessoas para formatar esse empreendimento. Infelizmente Deus o chamou antes de concluirmos o projeto do jornal. A partir do falecimento do Miguel, comecei a dar continuidade ao projeto sozinho. Conversei com dois amigos: Oberdan e Dário da ArtCom, juntos viajamos para Iguatu, para conhecer um jornal que é editado há mais de 10 anos, para podermos definir o jornal que queríamos.
O projeto foi atraindo novas pessoas para o desafio de formatar o jornal. Precisávamos e precisamos de pessoas que tenham a mente aberta, que estejam imbuídos no mesmo propósito.
Por várias vezes me questionei porque Quixadá, que é uma cidade de gente talentosa, de grandes acontecimentos, não ter um jornal impresso. Existem revistas eletrônicas, rádios que dão uma cobertura e apoio para notícias locais, mas um instrumento que fomentasse a leitura, que criasse esse hábito saudável e imprescindível de ler, de buscar o conhecimento através também do jornal impresso, não tem. Eu vejo isso acontecer em Sobral, em Juazeiro, Cratéus, Iguatu, Limoeiro e por que não em Quixadá?
Não embarcamos em nenhuma aventura. Aliás, muitos me conhecem e sabem que não sou um homem de aventura. Eu sou um homem de sonhos, de pensamentos, de desejos ousados, mas não de aventuras. Gosto de sonhar com aquilo que pode ser concretizado. É isso que eu penso e desejo do Jornal ENFOQUI. Que ele venha para a vida da nossa Quixadá, da nossa região, para contribuir com o desenvolvimento, com a cultura, fomentando o hábito saudável de leitura, trazendo uma ambiência de seriedade na comunicação, descobrindo e valorizando e oportunizando os grandes talentos que temos.
Como surgiu o nome?
Depois da decisão de programar o jornal, começamos a pensar no nome. Qual nome daríamos? Depois de algumas especulações chegamos ao ENFOQUI, que é um neologismo entre a palavra enfoque com o QUI de Quixadá – foco nos fatos, foco nos acontecimentos, foco na vida, na situação mais visceral, mais interior da vida de Quixadá, e aí esse nome foi bem acolhido e batizamos o nome do jornal com o nome ENFOQUI.
Qual é a linha editorial do ENFOQUI?
O jornal tem uma linha editorial muito bem definida. Uma linha baseada na verdade, nos valores cristãos, na ética, na moral, nos valores de integridade, seriedade e responsabilidade com as pessoas e com os acontecimentos. Queremos fazer algo assim. Algo que possa avançar e desenvolver a cidade de Quixadá, e, sobretudo que valorize o potencial da cidade.
Qual a periodicidade do ENFOQUI?
O jornal será disponibilizado inicialmente de forma quinzenal, as segundas feiras, porém a nossa meta é o torná-lo semanal em alguns meses.
Você já foi presidente do PSDB e candidato por duas vezes a prefeito de Quixadá, o ENFOQUI será um jornal político ?
Definitivamente não! O jornal não tem e não terá nenhuma vertente ideológica partidária. Ele evidentemente falará de política, terá um senso crítico com determinadas ações políticas, mas manterá uma linha autônoma e de plena independência, sem nenhuma tendência partidária, trazendo todos os assuntos em pauta com críticas, elogios, com divulgação, sempre com posicionamento na linha da qual falei anteriormente: da verdade, da ética, da seriedade, da responsabilidade e também da independência.
Para que todos saibam, não sou candidato a nada. Estou fora das próximas eleições. Esse é o meu desejo, neste momento.
As suas outras experiências de comunicação estão de certa forma ligadas as atividades da Igreja, o ENFOQUI também terá essa ligação?
O ENFOQUI não é um boletim religioso, embora eu seja uma pessoa com compromissos com a igreja, consagrado numa comunidade, com uma participação muito viva na Igreja Católica.
É um jornal, como todos os jornais. Evidentemente que eu preservarei para que o conteúdo de nenhuma forma venha macular, denegrir ou ferir os preceitos da Igreja Católica, da qual sou batizado, e consagrado. De nenhuma forma eu permitirei isso, mas não será um boletim paroquiano, diocesano ou de comunidades. É um jornal livre, pleno e autônomo.
Então o ENFOQUI é um jornal comercial, publicará anúncios publicitários?
Como todo jornal o ENFOQUI, enquanto meio de comunicação, é também um instrumento de ligação por ações publicitárias entre empresas, clientes e produtos. Criará uma sinergia de possibilidades e também de atendimento de necessidades.
O ENFOQUI é um novo serviço, um novo canal e uma grande oportunidade para o mercado, para as empresas, para a criação e divulgação de produtos e também para que a comunidade, através dos anúncios publicados no ENFOQUI tome conhecimento daquilo que está ofertado.
Um jornal requer inteligência, como foi montada a equipe de trabalho?
Tive um cuidado muito grande em formar a equipe de profissionais que iriam contribuir com o jornal. Saí pessoalmente conversando com cada um e eles foram se identificando e aderindo ao projeto. Hoje nós temos uma equipe sólida e multiprofissional, composta de homens e mulheres que são destaques nas suas áreas profissionais e de conhecimentos e que possuem credibilidade, respeito e ilibada competência.
Um jornal impresso não é um instrumento de comunicação ultrapassado?
Um jornal impresso possui o vigor da tradição, o conforto da mobilidade e da descontração e a guarda permanente dos registros.
O ENFOQUI nasce com uma proposta de concatenar e enfocar os fatos cotidianos de nossa cidade e região, expondo esses fatos em um único canal, para formar e atualizar os seus leitores. Será feito uma transmissão de informações da atualidade, numa linguagem jornalística apropriada, de forma que ela seja acessível a todos e possa colaborar efetivamente no saudável e necessário ato de leitura.
Algumas pessoas me perguntam se estamos na contra mão da tecnologia. Respondo quase gritando: não!. O fato de o jornal ser impresso, ao contrário do que possa parecer seguir a contra mão das novas tecnologias, favorece a universalidade, a mobilidade e a possibilidade de partilhar o veículo a qualquer tempo e lugar. É um veículo para todos. Evidentemente que, teremos disponível o ENFOQUI de forma eletrônica, no site www.enfoqui.com.br e terá também página nas mídias sociais.
Acreditamos que estamos iniciando uma nova etapa na área da comunicação social, promovendo a cultura e a informação. Nossa gente merece!