Sem investimentos nas faculdades, o número de alunos tende a cair ou não crescerá como desejado.
A cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense, está ameaçada de perder alunos nos cursos superiores nas principais faculdades existentes no município. O sonho de cidade universitária veio como um alento para a economia da cidade que deu um salto significativo com a implantação das Faculdades: Católica Rainha do Sertão – FCRS, Campus Avançado da Universidade Federal do Ceará – UFC e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE.
Além dessas faculdades, Quixadá possui a Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central – Feclesc, o núcleo da Uece que foi pioneira na região centro do estado. Mas, todo esse processo de disseminação do ensino superior na cidade vem sofrendo com a falta de novos investimentos para manutenção e infraestrutura adequada para dinamizar o ensino, pesquisa e extensão nos campos instalados.
A Feclesc, foi a primeira faculdade instalada em Quixadá, as dificuldades são muitas, a falta de investimentos do estado já levou a unidade a enfrentar o caos, é uma novela sem fim, alunos e professores da Uece conhecem os problemas, reivindicam seus direitos, mas o estado lamentavelmente ignora a importância do Campus como universidade pública para todo o Sertão Central.
A Católica de Quixadá mesmo sendo privada, revolucionou com investimentos pesados em infraestrutura e implantação de cursos importantes para região. A instituição já chegou a possuir 2.600 alunos distribuídos nos 17 cursos de graduação na instituição, mas problemas internos com o controle da direção deixou a faculdade vulnerável, investimentos estrangeiros deixaram de chegar e alguns cursos estão ameaçados de fechar. O número de alunos diminuiu consideravelmente.
O Instituto Federal, IFCE, que oferta vagas para cursos técnicos e superiores é um dos únicos que tem dado respostas animadoras. O Campus do IFCE já ganhou um anexo que está quase pronto e deverá ofertar um número de vagas maior para alunos advindos das escolas públicas da região.
O Campus da Universidade Federal do Ceará é outro que não está recebendo a atenção merecida, mesmo recebendo do ex-presidente Lula indicação que deveria revolucionar o Sertão Central em ofertas de vagas ao ensino superior público e após quatro anos de instalação do primeiro curso, só possui 400 estudantes divididos em 3 cursos na área da informação, o primeiro bloco sequer foi concluído, bem diferente dos outros campus instalados no Cariri e Sobral.