Em pronunciamento nesta sexta-feira (31), o governador do Ceará, Elmano de Freitas, manifestou apoio à ação da Polícia Militar que resultou na morte de sete integrantes da facção Comando Vermelho (CV) em Canindé, interior do estado. Segundo ele, “aqueles que resolveram enfrentar a polícia tiveram resposta à altura. Perderam a vida porque resolveram enfrentar a PM”.
De acordo com a governadoria e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, os suspeitos eram vinculados ao Comando Vermelho — facção carioca com atuação estadual — e estariam preparados para atacar grupos rivais, como o Terceiro Comando Puro (TCP).
A operação foi deflagrada na madrugada desta sexta-feira, pouco antes das 3 h, após informações de que os suspeitos se preparavam para “combate”. As equipes encontraram resistência armada e relataram que os suspeitos chegaram a efetuar disparos e utilizar artefatos explosivos contra os policiais. A SSPDS informou que seis morreram no local e um sétimo foi interceptado ao tentar fuga, vindo a falecer.
Em paralelo, o governador enfatizou a necessidade de endurecer a legislação penal contra facções criminosas. Ele afirmou que “a lei é frouxa para a situação que temos” e defendeu urgência na aprovação da PEC da Segurança Pública, cujo intuito seria aumentar penas para faccionados e permitir atuação mais integrada entre estados e municípios.
Autoridades estaduais ressaltaram que não houve registro de vítimas civis inocentes no confronto, e que a ação foi legítima conforme apurado até o momento. Familiares dos falecidos ainda não foram oficialmente identificados. O município de Canindé, historicamente sob atenção de operações de segurança por disputas territoriais entre facções, registra monitoramento reforçado desde que se tornou palco de movimentações criminosas interestaduais.
A escalada recente de enfrentamentos entre facções no Ceará reverbera numa conjuntura nacional em que a atuação do Comando Vermelho já vinha se expandindo para além do Rio de Janeiro: investigações apontam que lideranças cearenses estariam entre os mortos na megaoperação no Rio de Janeiro que deixou mais de 100 mortos.
Com esse desdobramento, a segurança pública do Ceará vive um momento de tensão e atenção máxima. O governador reforçou que o Estado permanece firme no enfrentamento ao crime organizado e reafirmou seu compromisso com o combate às organizações que ameaçam a ordem e a vida dos cidadãos.
 
                                                                                                                                                 
				             
				             
				             
                             
                                         
                                         
				             
				            
 
 
			         
 
			         
 
			        