O período tradicional de chuvas no Ceará vai de fevereiro a maio. No início do ano, em janeiro, e um mês depois do quadrimestre oficial, em junho, algumas chuvas são ainda esperadas, as chamadas pós-estação. Mas, o que explica a incidência de chuvas tão fortes no início deste mês de julho, período em que a incidência histórica de precipitações é praticamente nula?
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o fenômeno é explicado pela atuação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL), um sistema atmosférico comum nesta época do ano, que se forma no Oceano Atlântico e, ao se aproximar da costa nordestina, provoca aumento da nebulosidade e ocorrência de chuvas.
A presença de calor, umidade, relevo e o sistema de brisa também contribui para a instabilidade do tempo.
De terça-feira (2) para quarta, choveu em 131 municípios, segundo o boletim da Funceme. As maiores foram no Sertão Central. Das dez chuvas com maior volume em todo o estado, seis foram em municípios da região. Mombaça teve o maior acumulado entre os 131 municípios com chuva, marcando 82 mm.
A previsão da Funceme indica que, até a sexta-feira (4), devem ocorrer chuvas em diferentes regiões, com destaque para o Litoral de Fortaleza, Sertão Central, Maciço de Baturité, Jaguaribana e Inhamuns.
Para esta quinta-feira (3), por exemplo, o tempo tende a ficar mais estável, mas ainda pode haver chuvas isoladas no início da manhã e à noite. Na sexta, as condições para chuva aumentam novamente, principalmente nas primeiras horas do dia.