O Ceará registrou queda de 12,9% nas mortes por aids entre 2023 e 2024, passando de 301 para 262 óbitos. O resultado acompanha o cenário nacional, que também apresentou redução de 13%, com 9,1 mil mortes no período. É o menor número em três décadas, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
A redução está associada ao avanço das estratégias de prevenção, ao diagnóstico oportuno e ao acesso universal, pelo SUS, a terapias capazes de manter o vírus em níveis indetectáveis e, portanto, intransmissíveis. O conjunto dessas ações sustentou outro marco: a eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, quando a infecção ocorre da mãe para o bebê.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou os dados como um avanço histórico. “Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou.
O número de casos de aids no país também registrou queda de 1,5%, indo de 37,5 mil para 36,9 mil. No Ceará, foram confirmados 1.704 casos em 2024. Em nível nacional, houve diminuição de 7,9% nos diagnósticos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no total de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%, indicando melhora na assistência durante o pré-natal e nas maternidades.
