Operação ostentação: Polícia Civil prende mais quatro acusados de estelionato em Quixadá

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Policiais Civis fazendo as buscas na mansão do “Marcílio Voa 2”

Agentes da Delegacia Regional de Polícia de Quixadá cumpriu na manhã desta quinta-feira, 25, mandados de prisão preventiva e prendeu quatro pessoas acusadas de participar de crimes de estelionatos e associação criminosa. A operação “Ostentação” fase II deu continuidade pelo delegado Dr. Marcus Vinicius.

Nesta quinta-feira, 25, foram presos Marcílio Jorge da Silva Cavalcante, 39 anos, o “Marcílio Voa 2”, sua esposa Marillianny Patrício Nobre, 30, Osmildo Pereira Brito Neto, 27, e Kello da Silveira Lemos, 27.

A partir de um trabalho de investigação, no dia 16 de maio, a Polícia Civil prendeu em flagrante Marcos Antônio da Silva Júnior – o “Marcos Jr.”, 24 anos, e Rafael Rodrigues Pereira, 23, o “Rafael Fuinga”. A dupla estava dentro da agência fazendo saques e transferência, segundo o delegado.  No dia seguinte, Rafael Ferreira Vieira – o “Rafael Galinha” apontado como o “cabeça” da quadrilha foi preso em sua mansão.

No levantamento, foi identificado que o grupo era bem maior, naquele momento Marcus Vinicius avisou que em breve ocorreria novas prisões, e de fato a Polícia Civil prendeu novos integrantes. O bando tem mais de 30 membros.

Os acusados compõem uma sofisticada organização criminosa que aplicavam golpes. Para efetuar o saque, a quadrilha usava “laranjas”. O crime se dava quando as vítimas recebiam ligações dizendo que estas teriam um dinheiro a receber, mas para receber era necessário o depósito das custas processuais e honorários advocatícios. “A vítima na boa fé deposita um valor na conta de um laranja, este laranja ia ao banco e sacar o dinheiro e depois repassava para o chefe da quadrilha”, afirma a PC.

No dia 19, visando manter a ordem pública e da conveniência da instrução criminal, a juíza da 2ª Vara da Comarca de Quixadá, decidiu manter os acusados presos.

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Conforme o Delegado Marcus Vinicius, aponta “Rafael Galinha” como o chefe da quadrilha, esse para se ter ideia tinha uma vida de rico, viajava para o exterior, andava em carro importado, sua residência é considerada uma mansão e lá era um dos locais onde se concentrava amigos para as farras regadas de bebidas importadas. “Rafael Galinha” ostentava cordão de ouro, fotos em helicópteros e em locais de luxos na capital cearense.

A juíza decretou o sigilo do processo, tendo acesso apenas os advogados dos acusados, o Ministério e agentes do Poder Judiciário.