A policial militar Mayara Kelly Mota Gomes foi punida pelo comando da PM do Ceará com dois dias de detenção disciplinar após publicar vídeos nas redes sociais em que aparecia lavando uma viatura da corporação e dando instruções sobre a utilização de um torniquete. A decisão considerou que o conteúdo violou normas internas relacionadas ao uso da farda e à divulgação de imagens da instituição sem autorização.
A defesa da militar contestou a medida, alegando que as postagens tinham caráter educativo e buscavam valorizar o trabalho policial, além de incentivar a participação de mulheres na corporação. Ainda assim, o recurso foi negado, e a punição mantida.
Com a sanção, Mayara deverá permanecer aquartelada durante dois dias, fora de seu expediente normal. A situação repercutiu nas redes sociais e reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão de agentes públicos em atividades relacionadas à função.
A Associação dos Profissionais da Segurança Pública do Ceará criticou a decisão e afirmou que a punição foi desproporcional. Segundo a entidade, o caso poderia ter sido resolvido com uma advertência, sem necessidade de prisão disciplinar, já que o conteúdo não expunha informações sigilosas nem comprometeu operações da corporação.
