A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou o retorno do fenômeno climático La Niña, que deve permanecer até o fim de 2025 ou início de 2026. A formação, observada desde setembro, resulta do esfriamento das águas do Pacífico Equatorial e influencia o regime de chuvas e temperaturas em várias regiões do planeta.
No Brasil, os efeitos devem ser mais intensos nas regiões Norte e Nordeste, onde há previsão de precipitações acima da média nos próximos meses. No Ceará, o fenômeno tende a favorecer o aumento das chuvas e a redução das temperaturas, cenário acompanhado de perto pelo setor hídrico e pela Defesa Civil.
Especialistas destacam que a intensidade da La Niña e as condições do Atlântico Tropical serão determinantes para os impactos no Estado. O fenômeno pode contribuir para a recuperação dos reservatórios e o fortalecimento da agricultura, mas também eleva o risco de alagamentos e deslizamentos em áreas vulneráveis.
No restante do País, os efeitos devem variar. Enquanto Norte e Nordeste podem registrar excesso de chuvas, o Sul deve enfrentar um período mais seco. Já na Amazônia e no Pantanal, a combinação da La Niña com outros sistemas atmosféricos pode aumentar o risco de queimadas durante a estiagem.
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), há 60% de probabilidade de que o fenômeno persista até o verão de 2025/2026, em intensidade fraca. Ainda assim, as previsões exigem acompanhamento contínuo, já que as condições climáticas podem sofrer variações nos próximos meses.
