Os céus do Brasil reservam um espetáculo especial para esta quarta-feira (5): a maior superlua de 2025. O fenômeno, conhecido como “Superlua do Castor” ou “Superlua do Caçador”, promete encantar admiradores da astronomia com um brilho mais intenso e um tamanho ligeiramente maior do que o habitual, visível a olho nu em todas as regiões do país, desde que o tempo colabore.
A superlua ocorre quando a fase cheia coincide com o perigeu lunar, ponto em que o satélite natural está mais próximo da Terra. Nesta noite, o ápice do evento acontece às 19h29 (horário de Brasília), quando a Lua atinge sua menor distância do planeta — aproximadamente 356.980 quilômetros.
De acordo com a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, o termo “superlua” é popular, mas não científico. Ele foi criado em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle, que definiu o fenômeno como a coincidência entre a Lua cheia e o perigeu, ou quando o satélite está até 90% próximo desse ponto. Apesar de não ter base científica oficial, a expressão se consolidou no imaginário popular e é amplamente usada para descrever esse tipo de evento.
Como observar
A Lua nascerá no leste ao pôr do sol e se porá no oeste ao amanhecer. O fenômeno pode ser apreciado sem equipamentos, embora telescópios e binóculos permitam observar detalhes da superfície lunar com mais nitidez.
Por que “Superlua do Castor”?
O nome tradicional de novembro vem do Antigo Almanaque dos Fazendeiros, publicação norte-americana que associava as fases da Lua a atividades rurais e sazonais. A “Lua do Castor” marca o período em que esses animais se recolhem em suas tocas para o inverno, no hemisfério norte. Por isso, quando a fase cheia coincide com o perigeu, o fenômeno recebe o título de “Superlua do Castor”.
A mais próxima da Terra em 2025
A Lua desta quarta-feira é a mais próxima do planeta neste ano, superando a de outubro (361.458 km) e ficando levemente mais próxima do que a próxima superlua prevista para dezembro (357.219 km).
A única “superlua autêntica” do ano
Segundo o Observatório Nacional, há diferentes critérios para definir uma superlua. Quando o intervalo entre a Lua cheia e o perigeu é inferior a 12 horas, o evento desta quarta é o único de 2025 que se encaixa nessa definição mais rigorosa, com diferença de apenas 9h10.
Independentemente da nomenclatura, o espetáculo celeste promete ser um dos pontos altos do calendário astronômico do ano — um convite para olhar para o céu e se maravilhar com a beleza do nosso satélite natural em sua forma mais brilhante.
