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Região Central: Um homem preso preventivamente por acusação de homicídio no município de Russas foi levado ao Núcleo Regional de Custódia em Quixadá para passar por audiência de custódia e acabou sendo preso em flagrante dentro do Fórum Desembargador Avelar Rocha por mais dois delitos: dano ao patrimônio público e desacato a funcionário público. Ele teve a prisão preventiva decretada pela segunda vez.
Cleiton Marques de Lima encontrava-se custodiado em virtude do cumprimento de mandado de prisão preventiva pelo crime de homicídio qualificado, aguardando sua apresentação na sala de custódia. Contudo, desde sua chegada, demonstrou desrespeito aos policiais que faziam a segurança daquele local, desobedecendo as ordens dadas por eles. Diante disso, com o fito de evitar que o desrespeito influenciasse os demais presos, foi então conduzido ao xadrez vizinho.
Naquela oportunidade, Cleiton passou a gritar para a composição, proferindo palavrões e chamando-os de “vagabundos, arrombados e filhos da puta”, além de danificar o portão da cela com diversos chutes. Diante disso, os policiais passaram a usar spray de pimenta e outras táticas para contê-lo, até conseguirem acalmá-lo e conduzi-lo à sede da Delegacia de Polícia Civil para providências cabíveis.
O Promotor de Justiça David Dias de Castro Machado requereu a prisão preventiva, classificando-o como um “sujeito com tendência à reiteração delitiva e que não teme qualquer autoridade”, destacando ainda que sua permanência em liberdade representa risco.
Ao analisar o caso, o juiz Wellington Alves de Mesquita, que responde pelo Núcleo de Custódia, decretou a prisão preventiva pelo caso no Fórum, fundamentando que Cleiton Marques já responde por crimes de homicídio, tráfico de drogas e roubo, classificando-o como uma pessoa voltada para a prática de crimes.
Destacou ainda que o autuado, por diversas vezes, mostrou desprezo pelas ordens policiais e descrédito nas instituições públicas e na ordem pública, demonstrando que a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão seria insuficiente para acautelar o meio social.