No maior desastre dos últimos tempos já registrado, o Rio Grande do Sul já chegou ao total de 32 mortos e 60 desaparecidos. Chove no estado há cerca de quatro dias seguidos, segundo informações de moradores. Os níveis de rios, lagos e barragens tem subido de forma assustadora e todo o território gaúcho está sob alerta.
A Defesa Civil confirma 29 óbitos, mas há outras vítimas confirmadas por prefeituras dos municípíos e equipes do Corpo de Bombeiros que trabalham nas buscas. O balanço mais recente dá conta de 14,8 mil pessoas fora de suas casas. Ao todo, 154 municípios do território gaúcho estão enfrentando algum tipo de problema e mais de 71 mil pessoas estão sendo afetadas.
O governador Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública, situação que foi reconhecida pelo Governo Federal. Com isso, o estado fica livre para solicitar recursos via União e aplicá-los sem uso dos processos burocráticos, como licitação.
Para se ter ideia do nível das águas, alguns rios atingem níveis que só foram contabilizados de forma igual na década de 40. A barragem do Blang, no Rio Caí, em São Francisco de Paula, está em situação de emergência. O possível rompimento da barragem pode atingir os municípios de São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz. Outra represa de abastecimento de água em Bento Gonçalves está em monitoramento pelo governo estadual.
Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), no momento, são 139 trechos em 60 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. A previsão é que chuvas continuem, pelo menos, até sábado (4) nas regiões noroeste, norte, região central e vales, com previsão de 200 milímetros.