Lamentável: Briga entre Hospital Maternidade com Prefeitura de Quixadá deixa população sem UTI

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Unidade da COVID-19 em Quixadá deveria atender a população, mas ficou sem data certa

Região Central: O sonho de ter Unidade de Tratamento Intensivo-UTI foi adiado em virtude briga entre a direção da Sociedade Quixadaense de Proteção e Assistência à Maternidade, à Infância e Adolescência – gerenciadora do Hospital Maternidade Jesus Maria José com a Prefeitura de Municipal. No duelo que ainda não terminou, quem ficou prejudicado foi a população, não apenas de Quixadá, mas parte da região.

A direção do Hospital Maternidade justificou que a Prefeitura Municipal de Quixadá teria dado prazo de poucas horas para colocar em funcionamento a unidade de UTI. “Como é de conhecimento público existe uma dificuldade generalizada no que é pertinente à aquisição de materiais e medicamentos para os serviços de UTI e enfermarias, motivo pelo qual o HMJMJ não conseguiu concluir a demanda até a data definida (19/03/2021).

Ainda conforme a direção em nota divulgada, o objetivo da instituição sempre foi viabilizar um serviço seguro e de qualidade aos pacientes que tanto dele necessitam, tendo realizado as pertinentes adequações à estrutura física em apenas 24 dias, trabalhando ininterruptamente, sendo todo custo  viabilizado com recursos próprios, movidos pelo senso de urgência pública causada pela pandemia da Covid 19 SARS-CoV-2, sendo que a impossibilidade de instalação da UTI e enfermarias se deve  a circunstâncias alheias à vontade do Hospital.

A data de entrega seria para a sexta-feira(19), mas a direção da HMJMJ alegou falta de insumos. No outro lado, o prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira, a secretária de saúde do município, Benedita Oliveira e o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), deram prazo de 72 horas para que fosse colocado em funcionamento a unidade, que terá 10 leitos de UTI’s e 24 de enfermaria para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Em resposta, o ato ameaçador da gestão, a direção do HMJMJ entregou os equipamentos, todavia, cedendo o espaço para que a Prefeitura de Quixadá faça o gerenciamento da unidade.

No meio dessa briga, o único prejudicado foi a população que já deveria estar com a unidade lhe servindo. Não há prazo para o seu funcionamento, uma vez que a gestão ainda deverá fazer licitação, enquanto a Maternidade poderia fazer a aquisição de materiais e medicamentos para os serviços de UTI e enfermarias  sem essa burocracia.