Quixeramobim: 1º time de futebol feminino do Sertão Central pode acabar por falta de recursos

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Mesmo estando invicto no Campeonato Cearense, a Aseq corre risco de abandonar a disputa antes do fim.

Uma semente que começa a dar frutos. Em abril deste ano, foi formado o time feminino da Associação Esportiva e Cultural de Quixeramobim (Aceq), para a disputa do Campeonato Cearense de Futebol Feminino. A primeira equipe da Região Sertão Central a disputar o Estadual. O início não poderia ter sido melhor. A Aceq chegou à semifinal do 1º turno, e só caiu nos pênaltis para o Fortaleza. A campanha na 1ª fase contou com duas vitórias e dois empates. 

Mas o sonho de continuar na competição enfrenta dificuldades fora de campo. A falta de recursos financeiros impossibilita, por exemplo, a equipe se deslocar até à capital neste domingo (23), para jogar contra o Menina Olímpica, na abertura do 2º turno. 

O treinador da equipe, Rivando Conrado, e um grupo de atletas visitam empresas de Quixeramobim diariamente em busca de conseguir um aporte financeiro para manter o time no Cearense. “Estamos indo todo dia atrás de ajuda. Precisamos de dinheiro para as viagens, alimentação, para pagar o motorista e combustível para o ônibus”, afirma. 

A Aceq contou até o fim de setembro com ajuda da iniciativa privada e pública, mas os recursos agora diminuíram consideravelmente. Hoje a principal ajuda financeira é no valor de R$ 500, dado a cada jogo por uma empresa do ramo de eletrificação. 

Uma das jogadoras, a zagueira Kathiana Almeida, de 30 anos, é uma das que ajudam a comissão técnica a tentar conseguir ajuda para manter o time no Cearense. “Não podemos deixar de correr atrás. Estamos tentando superar todas as adversidades que estão aparecendo para manter o nosso objetivo de representar da melhor maneira possível o nosso município e a região”, destacou. 

A atacante Geyva Sousa, de 25 anos, destaca que a falta de apoio não é motivo para o grupo desanimar. “Muita gente não acreditava no nosso potencial, porém, conseguimos mostrar que somos capazes. Nós queremos ir longe no campeonato. O nosso grupo é uma oportunidade ímpar para muitas meninas que sonham conseguir realizar esse objetivo de jogar futebol”, ressalta Geyva. 

O elenco da Aceq é composto de 30 jogadoras, e a maioria é de Quixeramobim. Outras atletas que moram nas cidades próximas precisam gastar do próprio bolso para treinar e participar dos jogos.

 

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