Parabéns: Nesses 148 anos de Quixadá, a nossa homenagem vai para o povo, como a dona Francisca

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O portal Revista Central homenageia o que tem de melhor nessa linda terra, rica e querida! A gente poderia escolher qualquer outra imagem, mas gostamos mesmo é do povo, como a dona Francisca! (foto Wesley Silva)

Quixadá completa 148 anos neste sábado, 27, e nossa homenagem vai para o povo, que no dia a dia constrói o seu desenvolvimento. Dona Francisca, mulher guerreira, que tira da terra seu ganha pão, é a cara de milhares de munícipes.

O município está dividido em 13 unidades: a sede e mais 12 distritos: Califórnia, Cipó dos Anjos, Custódio, Daniel de Queiroz, Dom Maurício, Juá, Juatama, Riacho Verde, São Bernardo, São João dos Queiroz, Tapuiará e Várzea da Onça.

É a maior cidade da região Central, com uma população em 90 mil habitantes. Possui uma área de 2.019,833 km² e uma densidade demográfica de 39,91 hab/km². O município possui o 17º maior PIB do estado, maior renda per capita e melhor IDH da região. Na década de 1960 e 1970 o município esteve na lista das 100 cidades mais populosas do Brasil.

Conhecida como cidade universitária da região Central, no ano de 2014 consta com seis instituições de ensino superior, públicas e privadas. Entre elas campus da Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará, Centro Universitário Católica de Quixadá e Faculdade Cisne, entre tantas.

O município é sede da Diocese de Quixadá, criada pela bula pontifícia do Papa Paulo VI sendo desmembrada da Arquidiocese de Fortaleza.

Uma de suas características mais marcantes são formações rochosas, os monólitos, nos mais diversos formatos que “quebram” a aparente monotonia da paisagem sertaneja. É também conhecida por ser a terra de escritores como Jáder de Carvalho e Rachel de Queiroz que, apesar de ter nascido em Fortaleza, possuía uma relação muito forte com a cidade, visitando-a constantemente, quando se hospedava em sua Fazenda Não Me Deixes, que herdou de seu pai, Daniel de Queiroz.

Originalmente, a região foi habitada pelos índios Kanindé e Jenipapo pertences ao grupo dos Tapuias, resistindo à invasão portuguesa no início do século XVII, sendo “pacificados” em 1705, quando Manuel Gomes de Oliveira e André Moreira Barros ocuparam as terras quixadaenses. Estes grupos indígenas resistiram até 1760, pois os conflitos entre índios e colonos, ocasionados pelo desenvolvimento da pecuária desde 1705, praticamente extinguiram essas tribos.

A colonização da área compreendida atualmente pelo município de Quixadá ocorreu através da penetração pelo rio Jaguaribe, seguindo seu afluente o rio Banabuiú e depois o rio Sitiá, cujo objetivo principal era a conquista de terras para a pecuária de corte e leiteira.

Foto: @Quixadaaventura Eurismar Júnior

A primeira escritura pública da região foi a do Mosteiro Beneditino, hoje Casa de Repouso São José, na Serra do Estêvão, onde hoje é o distrito de Dom Maurício, em 1641. Manuel da Silva Lima, alegando ter descoberto dois olhos d’água, obteve uma sesmaria. Essas terras, inicialmente de Carlos Azevedo, eram o “Sítio Quixedá” adquirido por compra conforme escritura de 18 de dezembro de 1728.

Em seguida, a propriedade foi vendida a José de Barros Ferreira em 1747 por duzentos e cinquenta mil réis. Oito anos depois, José de Barros, construiu casas de morada, capela e curral, lançando assim as bases da atual cidade de Quixadá, sendo considerado, portanto, o legítimo fundador da cidade. A fazenda prosperou e se transformou em distrito do município de Quixeramobim.

A partir do século XIX, com a instalação da estrada de ferro que ligava o Cariri à Fortaleza ocorreu forte urbanização do município. Esta também foi fortemente influenciada pela produção de algodão exportado para a Inglaterra, que nesta época vivia a Revolução Industrial. A Freguesia de Quixadá foi criada pela Lei provincial n.° 1.305, de 5 de novembro de 1869. Em de 27 de outubro de 1870 a Lei provincial n.° 1.347 criou o Município de Quixadá desmembrando-o de Quixeramobim e sendo elevado à categoria de vila.

Com o projeto e a construção do Açude do Cedro, a vila passa a receber ainda mais imigrantes vindo de diversas regiões (estimados em 30.000), além disso, diversas estradas foram construídas. Este processo acelera a urbanização, fazendo com que em 17 de agosto de 1889 a vila recebesse foros de cidade pela Lei provincial n.º 2.166.

Deste sua emancipação até hoje, teve cinquenta e três governos municipais, sendo o fazendeiro Laurentino Belmonte de Queiroz, o primeiro gestor no período de 1871 a 1873.

Essa foto é de Wesley Silva

A economia de Quixadá depende principalmente do setor terciário (comércio e serviços); a pecuária é representada principalmente pela avicultura, bovinocultura leiteira, ovinocultura e caprinocultura; indústria (alimentícia, tecelagens e calçadista e o turismo, que, embora pouco explorado, apresenta grande potencial, especialmente para o ecoturismo devido à beleza de suas paisagens, além para a prática de esportes radicais como voo livre (parapente e asa-delta), off-road, trekking, orientação, montanhismo e rapel.

Quixadá limita-se com outros municípios, como Itapiúna, Choró, Quixeramobim, Banabuiú, Ibicuitinga e Ibaretama. No último levantamento realizado pelo IBGE (2010), a cidade apresentou uma população de 80.604 habitantes.

Confira o vídeo com a homenagem