“Geração da internet” sonha em ver o açude Cedro sangrando

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cedro_sangriasAs sangrias só aconteceram por apenas seis vezes, a primeira, em 1924, em 1925, 1974, 1975, 1986 e em 1989.

Parece que a natureza gastou boa parte do que é belo na confecção do centenário açude. Pode até ser exagero, mas, com certeza é uma das imagens mais visualizadas e admiradas na região.  Sem se falar na sua importância histórica, além de ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional devido ao seu significado para a “Terra dos monólitos” e para o próprio Estado.

Foi uma das primeiras e grandes obras de combate à seca, executadas pelo governo do Brasil. Dom Pedro II ordenou a construção, mas a realização da obra se deu nos primeiros governos republicanos, entre os anos de 1890 e 1906. O Cedro encanta, impressiona pela sua bela parede monumental. Vale destacar que a grade de ferro que compõe a varanda sobre a barragem principal foi totalmente importada da Inglaterra e a cerâmica de Portugal.

As obras da construção em boa parte, com a mão-de-obra dos flagelados da seca, além da beleza natural, esportes, como a prática do rapel, se torna possível devido às pedras que cercam o majestoso açude. Mesmo com toda essa beleza incomparável e possibilidade de práticas esportivas, o grande atrativo sem dúvida são as sangrias que possibilitam um momento quase “eterno” para quem teve o privilégio de ver este divino momento.

As sangrias só aconteceram por apenas seis vezes, a primeira, em 1924(primeira foto), em 1925,1974, 1975, 1986, e a última, em 1989, portanto, há 24 anos que ninguém viu o Cedro cheio.

Os jovens quixadaenses não tiveram o contentamento de ver o majestoso sangrando. Na última vez que ocorreu, ainda não havia toda essa parafernália eletrônica de hoje. O computador não tinha atingido o nível de popularização. “Facebook” não tinha sido criado.

Hoje, tudo isso está muito presente na vida de todos, especialmente dos mais jovens. Eles se utilizam de forma intensa de todos esses modernos instrumentos, tudo isso é maravilhoso, mas o jovem quixadaense, aquele com menos de 30 anos não teve a incomparável visão do sangramento do açude Cedro mais bonito do nordeste.

O açude do Cedro está tão presente na vida dos quixadaenses que muitos dizem sonhar com um novo sangramento. Mas quando será este dia? Enquanto isso, velhas imagens trazem um pouco de conforto. E essas imagens se veem na “Internet”, ironicamente essa geração ainda não presenciou o inigualável espetáculo do sangramento! É pena!

Acessando o blog Amadeu Filho  você terá a oportunidade de conhecer mais história de Quixadá.

Amadeu Filho
Colaborador da RC
Radialista Profissional
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