Editorial RC: Cachorros abandonados em Quixadá se protegem da chuva – uma imagem que dói!

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Cachorros deitados em uma calçada NA Rua Basílio Emiliano Pinto para se proteger da chuva (foto: Jackson Perigoso/RC)

Quixadá é uma das mais relevantes cidades do Ceará, seus pontos turísticos, boa parte produzidos pela natureza mostra ao mundo a venustidade dos monólitos. É preciso que cada morador, independentemente de sua naturalidade, passe a amar e principalmente zelar, no sentido amplo.

Cada cidadão que aqui mora, precisa fazer a sua parte, evitando jogar lixo na rua, entre tantas incumbências. No outro lado, o Poder Público necessita com urgência gerenciar as suas demandas, que não são apoucadas. Com a devia venia, olhando para Quixadá o vejo em estado de inópia e sofrimento em vários aspectos e não culpo apenas os atuais gestores.

Quixadá é grande e precisa sair dessa politicagem miúda e atrofiada pelos minúsculos projetos e obras de sobras dos governos. Nesta sexta-feira (12), saía por volta das 21h de uma árdua jornada de trabalho diante de uma chuva 25mm, prosseguia com destino minha moradia, quando na Rua Basílio Emiliano Pinto, defronte ao terreno da antiga Maternidade, deparei-me com vários cachorros, deitadinhos, mas como havia um veículo atrás não tive como parar.

Naquele momento sovou uma sensação de tristeza, pois quem gosta de animal, principalmente cachorro, sabe como é áspero se deparar com um desabitado na rua, imagina vários. Fiz o retorno e estacionei próximo aqueles animais que buscavam apenas um abrigo para passar a chuva. O espaço da calçada era tão limitado!

Tirei fotos, fiz um vídeo, mas confesso que bateu um desalento que narrei àquela cena sem empolgação. Lembrei do “Tinder”, meu dog que crio como um prole. Imaginei ele naquele lugar. Imaginem a fome, sede, calor, frio, falta de espaço para não serem molhados, os desafios para sobrevivência entre veículos e pessoas cometendo agressões. Dói até na voz, até escrever!

Minutos depois, voltei a registrar outros cachorros mais a frente, no cruzamento da mesma rua que citei com a Avenida Francisco Pinheiro de Almeida. Eles esperando sobra de comida, onde concentra-se pessoas em um ponto de churrasco. Veículos buzinavam para não atropelar. 

O que esses animais fizeram para tamanho sofrimento, se eles são tão amorosos para com as pessoas? soltos assim, eles também contraem e proliferam doenças.

Suplico ao nosso prefeito Ilário Marques, que regresse o Centro de Zoonoses ou outro local para abrigar esses animais que tanto sofrem no dia a dia. Eles merecem um espaço digno e sem dúvida haverá muitas pessoas empolgadas a colaborar com alimentação e cuidados, como o pessoal das associações de proteção aos animais. Eles precisam também de vacinas e receber amor.

Espero que possamos sensibilizar nossos representantes governamentais e nossos políticos para debater o assunto com seriedade. Nossos animais merecem respeito.

Assista a cena!