Construção do Presidio Regional do Sertão Central, uma promessa esquecida pelo governador e seus aliados

compartilhar no:
Cadeia_Qxada_com_energia
O prédio que hoje abriga a Cadeia Pública de Quixadá tem mais de 100 anos (foto: arquiva RC)

Região Central:  A cidade de Quixadá era para ter um grande presidio regional, mas as forças políticas do município impediram a construção na década de 90. Até manifestações foram realizadas em ruas com o grito “indústria sim, presidio não”. Os anos se passaram e não vieram nenhum dos dois.

20 anos depois, Quixadá, assim como a região Central precisa com urgência da construção de um presidio, como tem em outras áreas do Ceará, a destacar o Cariri, Norte e Metropolitana, restando apenas o Sertão Central, Centro-Sul e Jaguaribe.

A promessa de desativar a Cadeia Pública de Quixadá é antiga, com mais de 100 anos e interditada por ordem judicial a unidade fica no centro da cidade, o que facilita o arremesso de celulares e drogas. Os moradores vivem preocupados.

A gestão do prefeito João Hudson fez a doação de um terreno ao governo do Ceará, justamente para que o presidio regional fosse construído, inclusive foi uma promessa de Camilo Santana durante às Eleições do primeiro mandato, mas como as lideranças políticas ligadas ao governador Camilo Santana não tem conseguido êxito, a promessa continua engavetada.

Enquanto as autoridades públicas se mantêm omissa no assunto, os detentos e parentes sofrerem com o descaso. Muitos parentes quem tem de ir visitar os internos nos presídios nas cidades de Juazeiro do Norte, Sobral, Itaitinga ou Caucaia. O sofrimento é gritante. 

Ainda sobre o assunto, a Cadeia Pública de Quixadá não tem condições estruturais para abrigar detentos. Muita fiação elétrica está exposta e para ocorrer um grande incêndio é questão de tempo, celas sem iluminação, sem aeração, ausência de higiene nas celas é um dos outros graves problemas, sendo que existe um único banheiro, espaço cercado por pedaço de chitas em que se utiliza as famigeradas bacias turcas (um buraco) para fazerem as necessidades fisiológicas básicas, que naturalmente exalam um odor fétido, até porque não existe material de limpeza em quantidade adequada.