Coluna Amadeu Filho: 1983, ano em que todo quixadaense virou criança com “Os Trapalhões”

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ostrapalhopes_quixadxaaaaMais de 30 anos nos separam daquela convivência maravilhosa entre fãs e astros. O término das filmagens deixou a cidade triste por algum tempo.

“Os Trapalhões” foi um grupo humorístico brasileiro muito querido, principalmente, entre as crianças e também pessoas de todas as idades. Foi sucesso na televisão, no cinema, disco, nas apresentações ao vivo. Começando em meados dos anos 60, o grupo se manteve firme até por volta de 1990. A formação clássica: Renato Aragão(Didi Mocó), Dedé Santana, Mussum e Zacarias. O programa “Os Trapalhões” foi o  humorístico de maior duração e por isso entrou para o livro Guinness de Recordes Mundiais. Um grande Fenômeno de audiência e popularidade. Mas a explosão do grupo não se limitou ao programa televisivo. “Os Trapalhões” foram sucesso também no cinema.

ostrapalhopes_quixadxaaostrapalhopes_quixadxaCorria o ano de 1983, a cidade de Quixadá crescia a passos largos e uma notícia do começo daquele ano, mexeu com o coração das crianças. Ficar perto de Didi e as sua turma era o sonho dos baixinhos, não é que esta oportunidade(podemos chamar de sonho) chegou. Um filme do grupo foi rodado na Terra Dos Monólitos. Na época parece todo mundo virou criança, pois os adultos também vibraram com a possibilidade de conviverem algum tempo com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

“O Cangaceiro Trapalhão”, uma grande produção do cinema nacional trouxe a Quixadá, não apenas os famosos comediantes, mas grandes nomes da sétima arte como Nelson Xavier, Tânia Alves, Regina Duarte, José Dumont, além do consagrado diretor Daniel Filho. É bom lembrar que o filme teve os diálogos de Chico Anísio, certeza de mais qualidade na produção. Toda a equipe hospedou-se em um hotel no Jardim dos Monólitos(o melhor na época) e na primeira noite, uma verdadeira multidão se postou do lado de fora na tentativa de ver os ídolos. Como mágica, Renato Aragão surgiu na janela do seu apartamento e brincou por algum tempo. José Augusto, comerciante, 43 anos, nos falou o que sentiu naquele momento “tinha 13 anos e ter visto o Didi, ali de carne e osso, foi um momento eterno”.

No filme, Renato Aragão faz o papel de Severino Quixadá, um pastor de cabras. O comediante contou para o radialista Jonas Sousa que o nome do seu personagem era uma homenagem a Terra dos Monólitos.

A produção teve a participação de muitos figurantes, quixadaenses que desenvolvem as mais diversas atividades. A professora Aparecida Carvalho, uma das figurantes, lembra que o convívio com os atores foi algo extraordinário. Eles nos tratavam muito bem, assegura. O radialista Célio Aragão participou de uma cena do filme. O momento maior da película

e que mostra a beleza ímpar da galinha choca apresenta Didi Mocó se tornando muito rico ao apanhar os ovos de ouro expelidos pela ave de pedra.

Mais de 30 anos nos separam daquela convivência maravilhosa entre fãs e astros. O término das filmagens deixou a cidade triste por algum tempo. Por alguns dias, todos tornaram-se crianças na cidade. Traduzindo melhor, houve um reencontro dos adultos quixadaenses com as crianças. Agora, vamos assistir o filme, assim, nunca esqueceremos da criança que fomos um dia. Veja o filme aqui

Acessando o blog Amadeu Filho você terá a oportunidade de conhecer mais sobre a história de Quixadá.

Amadeu Filho
Colunista da RC
Radialista Profissional
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