Tucano é flagrado em Iparana; ave é exótica na região e pode causar desequilíbrio ambiental

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Mulher que filmou tucano em área residencial de Caucaia acredita que ave fugiu de cativeiro — Foto: Divulgação

A representante comercial Gracilia Graça avistou, neste domingo (19), um tucano em uma área residencial de Iparana, na cidade de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. A ave foi vista voando entre as árvores e também na fiação.

“Eu o vi pela primeira vez, ontem [domingo] por volta das 17h40 em frente à minha casa, perto do Sesc de Iparana Caucaia. Estava na calçada quando ele chegou e ficou embaixo das árvores”, afirmou.

De acordo com Gracilia Graça, como é uma ave diferente e bonita chamou logo a sua atenção. “Como é uma ave de tamanho maior que as outras que aparecem aqui chamou logo atenção, e pelo tamanho do bico. Estava com o celular tirei foto e fiz um vídeo para mostrar aos amigos e familiares”.

A representante comercial acredita que o tucano possa ter fugido de algum cativeiro. Ela afirmou ainda que a ave parecia cansada. “Passou toda a noite (no local). Hoje pela manhã ele ainda estava aqui”, disse.

O biólogo Fábio Nunes disse que o animal filmado é um tucanuçu, também conhecido como tucano-toco; e apesar da beleza, a ave, exótica para o Ceará, pode causar desequilíbrio ambiental.

“O que pode estar acontecendo é alguém estar soltando (a ave); alguém que cria, ou na ignorância, porque pode estar soltando achando que esse bicho vai sobreviver. Pode até sobreviver e pode até causar um problema. Ele é um predador de ninho também, então ele chega e mata algumas aves e filhotes. Ele pode causar problemas de desequilíbrios”, alertou o biólogo.

“É uma ave que para o Ceará não tem ocorrência recente, só existem umas ocorrências pretéritas pela região dos Inhamus e da própria Ibiapaba, mas é de alguns séculos atrás. Então a gente realmente pode afirmar que foi uma soltura indevida ou um escape”, complementou Fábio.

O biólogo explicou ainda que o procedimento adequado quando se encontra alguma espécie exótica é avisar o órgão ambiental competente para a devida captura.

Com informações do G1