Ibaretama, Ibicuitinga e Caridade foram municípios do Sertão Central onde mais choveu este ano

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Açudes e barreiros particulares atingiram cota máxima graças as chuvas em Ibicuitinga (Foto: reprodução redes sociais)

Região Central: O balanço da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) aponta que entre os municípios do Sertão Central, Ibicuitinga foi o que registrou mais chuvas no período da pré-estação (janeiro) e o período chuvoso propriamente dito, que compreende os meses de fevereiro a maio. A cidade um acúmulo de 1.189 mm de chuvas no período.

Os dados foram computados pelo Revista Central e referem-se à milimetragem catalogada pela Funceme até a última quarta-feira (15). Em Ibicuitinga os 1.189 mm de chuva somente nos seis primeiros meses, representa quase 60% a mais do que era esperado para todo o ano, já que a média anual no município é de 748 mm.

Atrás de Ibicuitinga aparece a cidade de Ibaretama, com um total de 1.156 mm acumulados, no período compreendido entre o dia primeiro de janeiro de 2022, até a última quarta-feira. Caridade aparece como o terceiro município da região Centro com mais chuvas, acumulando 957 mm de chuva, enquanto o esperado para todo o ano é 726 mm.

Alguns municípios se destacaram pelo expressivo aporte hídrico, como é o caso de Ibaretama. Como o Revista Central mostrou no início deste mês, o açude Macacos, responsável pelo abastecimento da cidade, voltou a sangrar depois de 13 anos sem sangria. o Macacos vinha recebendo aporte desde o final de fevereiro. Daquele período em diante a cota diária de acúmulo de água sempre era maior, ou seja, nunca chegou a ter menos do que o volume do que o observado no dia anterior.

Em Banabuiú o quadro foi dentro do esperado. Para o ano todo a cidade espera anualmente, conforme as projeções da Funceme, 734 mm de chuva, mas o volume já tinha sido superado até o último dia 10 de junho, e chegado a 736 mm. As águas no município são importantes, já que é lá onde está o terceiro maior reservatório do Ceará, e que teve recentemente autorizado pela governadora Izolda Cela, a construção de uma adutora que vai tirar água do açude para abastecer Quixeramobim e Quixadá.

Na contramão das cidades com melhores índices, aparecem Solonópole, município da região onde menos choveu no período invernoso. Enquanto o volume anual médio aguardado é de 779 mm, o que se viu foram apenas 579 mm observados pela Funceme. Deputado Irapuan Pinheiro vem em seguida, com a segunda cidade com os piores volumes de chuva, com um total observado de apenas 584 mm, quando na verdade eram esperados 771 mm pela Funceme.

Considerando todo o estado, o período chuvoso de 2022 foi dentro da média segundo as projeções da Funceme. A média observada foi de 261 mm. Os dados apontam para o 8º melhor resultado nos últimos 20 anos. No recorte da década, foi o 3º maior chuvoso.

E o mês de junho já apresenta chuvas acima do esperado. O período, que é primeiro da Pós-Estação, é, normalmente de poucas precipitações, sendo sua normal climatológica de apenas 37,5 milímetros, já acumulou 68,6 mm, o que representa um desvio de 82,95 e pode ser considerado acima da normalidade.