Exposição interativa busca sensibilizar colaboradores do Hospital Regional do Sertão Central para a higienização das mãos

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Trabalhadores participam de estudo de caso, identificando e corrigindo possíveis erros na assistência ao paciente. Foto: divulgação

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada ao paciente. Por isso, a higienização dos membros é a medida mais eficaz para prevenir a infecção hospitalar. Para reforçar este protocolo, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), instalou uma exposição interativa para sensibilizar os colaboradores. A atividade é alusiva ao Dia Mundial de Higienização das Mãos, celebrado nesta quinta-feira (5).

O Espaço Sinistro, parte da campanha Quando uma mão não lava a outra, a infecção vem!, foi dividido em três estações. A primeira possuía uma exposição de fotos com casos reais de infecções hospitalares e a observação de placas de Petri, em que foi coletada uma cultura de microrganismos das mãos de um profissional em dois momentos: com as mãos sujas e, depois, higienizadas. A segunda estação apresentou um estudo de caso para que os colaboradores corrigissem possíveis erros, colocando em prática o protocolo de higienização das mãos. A última estação exibiu um vídeo educativo, destacando as ações de prevenção de infecções em cada setor do HRSC, bem como as metas estabelecidas para a unidade.

“Nossa prioridade é a prevenção às infecções. Nós consideramos que a higienização das mãos é o pilar na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, as chamadas Iras. Nossos colaboradores, assim que chegam a nossa instituição, ainda na admissão, são alertados para a questão da importância do protocolo de higienização desses membros”, explica a coordenadora do Serviço de Infecção e Controle Hospitalar (SCIH), Ana Amélia Farias.

Para a residente Márcia Sousa, a iniciativa da exposição é muito importante. “É uma forma de não se descuidar e mostrar que, realmente, é uma prática importante sempre. Porque, às vezes, na rotina, quando o plantão é muito corrido, pode acontecer de você esquecer de higienizar as mãos corretamente”, exemplifica a estudante. Já para a técnica em Enfermagem Sandra Ferreira, é por meio de um pequeno ato que você contribui para a melhoria, para a cura ou para a alta precoce do paciente. “São medidas como essas que fazem toda a diferença no tratamento”, pontua.

O Espaço foi montado pelo SCIH com o apoio do Centro de Estudos e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), que tem enfatizado a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na segurança dos profissionais de saúde.

Unidades premiadas
As unidades que se destacaram na adesão ao protocolo de higienização das mãos no ano de 2021 foram premiadas durante a ação. A Unidade de Cuidados (UCE) ficou em primeiro lugar nas Boas Práticas de Higienização das Mãos no ano passado, seguida da Unidade Neonatal e de AVC Agudo e Subagudo, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

“Aplicamos, um formulário da estratégia multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) na qual a gente observa, na prática assistencial, como é que eles estão realizando essa assistência, em que momentos os colaboradores estão aderindo a prática de lavagem das mãos. Depois de fazermos essa análise de forma sistemática, durante a nossa vigilância ativa, encaminhamos, todos os meses, o consolidado para as unidades mostrando quais são aquelas unidades que se destacaram quanto a isso e quais foram as fragilidades encontradas”, detalha Farias.

A coordenadora da SCIH explica, ainda, que a prática de higienização é sempre ligada à questão das infecções que foram notificadas ao longo do ano anterior. “Mostramos quais foram as infecções prevalentes, cruzamos como está a questão da higienização das mãos e tentamos trabalhar aqueles pontos que foram mais frágeis naquelas unidades”, afirma Farias.