Três hospitais públicos da região Central zeram pacientes internados com Covid-19

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Segundo a entidade, a ocupação total de leitos de UTI no estado é de 38%. Foto: divulgação

Dos 31 hospitais públicos com leitos de UTI ou enfermaria disponíveis para internação de pacientes com Covid-19 no Ceará, 13 não registraram pessoas internadas nesta quinta-feira (9). O número, conforme a plataforma IntegraSUS, significa que 42% de todas as unidades gerenciadas pela administração pública não têm mais pacientes com a doença.

Os dados confirmam a análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que, nesta quinta, afirmou em boletim extraordinário que o Ceará está fora da zona de alerta para internações pelo coronavírus há oito semanas. Segundo a entidade, a ocupação total de leitos de UTI no estado é de 38%.

Entre as unidades que estão sem pacientes, estão duas grandes unidades de Fortaleza, que chegaram a colapsar durante e segunda onda por causa do excesso de pessoas que requeriam atendimentos mais graves. O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) passaram dias sem a possibilidade de ofertar novos leitos para cidadãos infectados.

Confira a lista dos hospitais sem pacientes com Covid-19:

Casa de Saúde Adília Maria, em Boa Viagem;
Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara, em Fortaleza;
Hospital Geral Luiza Alcântara Silva, em São Gonçalo do Amarante;
Hospital e Centro de Parto Normal de Pindoretama;
Hospital e Maternidade Padre José Bezerra Filho, em Choró;
Hospital Geral de Fortaleza;
Hospital e Maternidade Santa Rita, em Alto Santo;
Hospital Municipal José Facundo Filho, em Jucás;
Hospital Municipal Manuel Tavares Rosendo, em Porteiras;
Hospital Municipal Maria Idalina Rodrigues de Medeiros, em Icapuí;
Hospital Regional Dr. Pontes Neto, em Quixeramobim;
Hospital Maternidade Dr. Luis de Gonzaga da Fonseca Mota, em Hidrolândia;
Unidade Mista Josefa Ma Conceição, em Itaiçaba.

Além desses hospitais, 18 das 22 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dispostas no Ceará, cujos dados estão no IntegraSUS, também não dispõem de pacientes. Os leitos de atenção estão ativos, mas não há procura de pacientes com Covid-19.

A Fiocruz afirmou, no boletim, que a redução simultânea e proporcional desses indicadores demonstra que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos, que é a redução do impacto da doença, reduzindo casos graves, internações e óbitos”.

Oito semanas fora da zona de alerta
A edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicada, nesta quinta-feira (9), aponta que o Ceará vem se mantendo fora da zona de alerta desde o boletim do dia 19 de julho de 2021, com redução paulatina nesse índice.

Antes disso, o estado se mantinha em níveis intermediários ou críticos desde julho de 2020, quando começou a ser feito o levantamento.

A Fiocruz começou a fazer o levantamento em 17 julho de 2020. Nesta época, o Ceará aparecia em “alerta intermediário”, ou seja, com a taxa de ocupação leito UTI adulto Covid-19 entre 60% e 80%. Quando há baixa ocupação, a entidade considera fora da zona de alerta; já com ocupação acima de 80%, o nível é chamado de “crítico”.

A Fiocruz destaca a queda também nos indicadores de Fortaleza. Segundo a Fundação, a ocupação de pacientes adultos graves caiu de 60% para 55%, deixando a zona de alerta intermediária.

“O cenário relativo às taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS em todo o país ratifica, de forma consistente, a queda na demanda por cuidados de terapia intensiva entre pacientes com Covid-19 resultante da vacinação. Mesmo com a circulação da variante Delta há indícios de que o nível ainda elevado de transmissão do vírus não tem se revertido em elevação de casos graves”, escreveu a instituição no boletim.