Nos primeiros quinze dias, mês de junho de 2021 registra menos chuva do que no ano passado

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Funceme registrou menos chuvas nos primeiros quinze dias de junho deste ano em comparação com ano passado (FOTO: Liduina Gomes)

O período oficial de chuvas no Ceará vai de fevereiro a maio. Mas se você tiver reparado bem, mesmo tendo passado o período oficial, nos últimos dias, pelo menos em Quixadá, os dias amanheciam mais nublados, aumentando a expectativa de que fosse cair uma neblina ou uma pequena chuva passageira. Mas quando a gente vai para os números, vemos que o tempo nublado é apenas um engano.

Os quinze primeiros dias do mês de junho registraram uma quantidade de chuvas menor, se comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A média histórica do mês, ou seja, a quantidade de chuvas que cai todos os anos, dá uma média de 37 mm. Só que até agora, o que choveu foi apenas 2.4 mm.

Esse é um número que representa a junção de tudo que choveu em todos os 184 municípios cearenses durante todo o mês. Em junho do ano passado, até o dia 15, a Funceme já tinha contabilizado um montante de 15 mm acumulado em todo o Estado e o mês no anterior terminou com 30 mm de acúmulo em geral.

Até em relação aos dias contados onde houve a ocorrência de chuvas, essa diferença fica mais perceptível. Nos quinze primeiros dias de junho deste ano, houve dois dias que não foi registrada precipitações em nenhuma cidade cearense, enquanto no mesmo período do ano passado, a Funceme confirmou chuvas em todos os dias. Era chuva em uma quantidade menor, mas mesmo assim, choveu.

No início do mês o órgão de meteorologia do estado confirmou que o Ceará apresentou desvio negativo de 15,4% nas chuvas do período entre fevereiro e maio deste ano, conforme balanço divulgado, por meio de live no YouTube. Conforme a climatologia do Estado, a média para o quadrimestre é de 600,7 milímetros, enquanto o observado foi de 508,3 mm. O cenário de precipitações reduzidas e irregulares já era esperado pela Funceme, conforme prognóstico divulgado em janeiro deste ano.