Presidente da Câmara de Ibaretama pede para ouvir vereadora presa e população teme “guerra de facções”

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Edivanda de Azevedo (45), foi presa após ser diplomada (foto: rede social

Região Central: Um pedido do presidente do Poder Legislativo de Ibaretama, Joverlane Neles da Silva, deixou as autoridades policiais e a população bastante preocupados nos últimos dias. Ele requereu ao Juiz da Vara Única Criminal da Comarca de Quixadá que a vereadora Edivanda de Azevedo, seja ouvida na Câmara Municipal da Comarca de Ibaretama, no dia 04 de junho de 2021, às 10h45min. Ela está presa no Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF), em Aquiraz-CE.

Edivanda de Azevedo juntamente com filhos e outros, são réus e denunciados pelo Ministério Públicos como autores da chacina do dia 26/11/2020, na localidade de Pedra e Cal, zona rural do município de Ibaretama. A vereadora responde a 7 (sete) homicídios consumados e 1 (um) tentado.

Aparentemente, o presidente da Câmara não se atentou aos riscos e suas consequências da presença da vereadora na sede do Poder Legislativo. Uma vez que a chacina vitimou supostos membros de uma facção adversária e principalmente uma criança.

O pedido de Joverlane Neles foi deferido pelo juiz Welithon Alves de Mesquita, contudo a oitiva deverá ser realizada por videoconferência, tendo em vista a atual situação da pandemia de Covid – 19.

Ao saber da iniciativa do presidente Joverlane, alguns vereadores se dizem preocupados, uma vez que a segurança pública do município não é suficiente para conter possíveis represálias de facção adversária. A população tem criticado a ideia do vereador.

Segundo o Ministério Público Estadual -MPCE , quanto a Edivanda de Azevedo, “percebe-se, nos áudios trocados entre Kelvin e Francisco Vítor, que indiciada não tinha somente o conhecimento da chegada de “Interior” e o grupo criminoso, mas deu pleno auxílio para o executores dos homicídios em casa de propriedade de Kelvin, com wifi instalado em nome de Francisco Victor.

Destaca-se que Edivanda de Azevedo e sua familia, em momento anterior a chacina, foram vítimas de roubos em sua residência por membros da facção criminosa “GDE”, que subtraíram mediante violência e grave ameaça, motocicletas, aparelhos celulares e computadores da associação a qual Edivanda participa. Neste contexto, explica-se a anuência de Edvanda de Azevedo para que o grupo criminoso de “Interior” dominasse o distrito de Pedra e Cal, acabando com as empreitadas criminosas de outro grupo criminoso na localidade de Ipueiras, Zona Rural de Ibaretama, local onde a indiciada reside com sua familia e possui representatividade como vereadora.” Cita o Promotor de Justiça na denúncia.

A chacina de Ibaretama deixou sete mortos e uma pessoa baleada

1 – Osvaldo da Silva Lima (v. “Dadá” – 24 anos), 2 – Wellington Lima Silva (17 anos), 3 – Wilian da Silva Rodrigues (6 anos), 4 – Ednardo de Lima e Silva (v. “Gaguim”- 18 anos), 5 – Eduardo de Lima Silva (v. “Maxixe” – 19 Anos), 6 – Luana Melo das Costa (19 anos) e 7 – Francisco Gabriel Pereira da Silva (14 anos). 8 -Lúcia Helena da Silva Lima (38 anos) foi baleada.

São acusados da chacina

1 – Francisco Vitor Azevedo Lima, 2 -Kelvin Azevedo Lima, 3 – Wanderson Delfino de Queiroz, 4 – Edivanda de Azevedo, 5 – Josenias Paiva Lima de Andrade, 6 – Edvan Lopes dos Santos Azevedo e 7 -João Paulo de Oliveira Campelo.

Confira o pedido e a decisão judicial: