Fevereiro de 2021 é o mês com a menor quantidade de chuvas desde 2016, aponta Funceme

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Quantidade de chuva registrada em fevereiro de 2021 é a menos desde 2016 (Foto: arquivo RC)

O mês de fevereiro de 2021 terminou ontem com a quantidade de chuvas acima da média esperada para o período, no entanto, com uma menor quantidade de água acumulada se comparado com o mesmo mês de anos anteriores. Os dados foram levantados pelo Revista Central com base em dados fornecidos pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e condizem com as previsões de um inverno abaixo da média para 2021.

As informações foram computadas pelo calendário de chuvas, sistema de métricas utilizado pela Funceme. Em todo o estado do Ceará a média histórica do acumulado de chuvas esperado para um mês de fevereiro é de 118.6 mm. Até ontem, último dia de fevereiro, o acumulado chegava a 138.2 mm, um desvio superior 16.5% maior do que a média.

No entanto esse valor é quase nada se comparado com o desvio superior que fora observado no ano passado. Em fevereiro de 2020 choveu 191.2 mm, uma quantidade 61% maior do que a média esperada para o mês. E se comparado com os meses de janeiro de outros anos, a quantidade é ainda menor. Conforme a Funceme desde fevereiro de 2016 não se chovia tão pouco dentro do mês.

Esses dados reforçam a previsão feita pela Funceme semanas antes: o órgão de meteorologia cearense afirmou que as chances de que a quadra chuvosa de março, abril e maio no Ceará sejam abaixo da média está na casa dos 50%. Ou seja, há metade de chances do inverno deste ano não ter chuvas dentro da quantidade que é esperada historicamente nos três meses.

“Nós atualizamos as condições oceânicas para inicialização do sistema de modelagem numérica da Funceme e combinados com resultados de outros centros de pesquisa. Com isto, chegamos a um resultado final para estes cenários mais prováveis no que diz respeito aos totais de precipitação para o Estado do Ceará”, comenta o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.

Segundo ainda o gestor do órgão estadual, apesar dos dados semelhantes, é importante deixar claro que não se trata de uma atualização do primeiro prognóstico divulgado em janeiro para o trimestre de fevereiro a março, pois o período de previsão é diferente.