Pesquisa do Ipece mostra que Sertão Central tem terceiro pior nível de segurança alimentar do Ceará

compartilhar no:
Pesquisa feita pelo Ipece mostra Sertão Central em terceiro lugar no levantamento (Foto: Felipe Goettenauer)

Região Central: A região do Sertão Central é a terceira região com o pior índice de domicílios com segurança alimentar entre todas as macrorregiões do Ceará. A região Centro só fica atrás da região do Sertões de Canindé e do Sertão de Crateús. O resultado foi obtido através da primeira Pesquisa Regional por Amostras de Domicílios (Prad/Ceara) realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). O trabalho, inédito no Estado, fez um completo levantamento de informações socioeconômicas da população cearense, incluindo as das zonas urbana e rural e suas 14 regiões de planejamento.

De acordo com o Ipece em 2019, um total de 55,8% dos domicílios no Ceará estava em situação de segurança alimentar (San), representando 1.632.902 domicílios. O Maciço de Baturité foi a região de planejamento que apresentou maior proporção de domicílios em San, com cerca de 57.219, o equivalente a 67,97% do total da região.

O resultado verificado pela Prad/Ceará, inclusive, ficou bem próximo ao divulgado para o Estado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Todos os números já podem ser conferidos no Prad Informe (nº 03 – Dezembro/2020) – Análise da (in)segurança alimentar do Ceará a partir dos dados da Prad/Ceará, publicado pelo Ipece. O trabalho é, na verdade, o terceiro de uma série, formada, inicialmente por três publicações (a primeira abordou notas metodológicas e a segunda o perfil demográfico do Ceará).

No Ceará como um todo foi identificado um percentual de 27,21% dos domicílios com insegurança alimentar leve, que corresponde a dimensão psicológica da insegurança alimentar, uma vez que nessa condição o indivíduo está preocupado com a possibilidade de que o alimento venha acabar antes que haja dinheiro para comprar mais mantimentos.

Com relação a insegurança alimentar moderada, que se refere a insegurança relativa ao comprometimento da qualidade da alimentação, mas sem restrição quantitativa, o Estado deteve 10,95% dos domicílios nesta condição. Já quanto a insegurança alimentar grave, o Ceará registrou um percentual de 6,02% dos domicílios que possuem menores de 18 anos de idade nesta condição, a qual corresponde a situação em que a família passa por períodos concretos de restrição na disponibilidade de alimentos para seus membros (situação de fome).

Com informações do Ipece