PM é preso suspeito de liderar organização criminosa e esconder armas ilícitas em quartel no Ceará

compartilhar no:

Uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (30) para desarticular uma organização criminosa atuante em Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O grupo era liderado por um policial militar, que escondia armas de fogo dentro do próprio quartel da Polícia Militar do Ceará (PMCE), segundo uma fonte do MPCE que preferiu não se identificar.

Conforme o Ministério Público, a Operação Crotalus foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) com o objetivo de desmembrar o grupo criminoso e cumpriu seis mandados de prisão e mais seis ordens de busca e apreensão. Os alvos, além dos PMs, eram cinco civis. A organização também era responsável pelo armazenamento, negociação e revenda de drogas. Policiais militares davam suporte à prática criminosa.

As investigações sobre a organização foram iniciadas há mais de um ano, em maio de 2019. As autoridades descobriram que o policial militar era o principal fornecedor de drogas em Cascavel e tinha uma forte influência entre os traficantes do Município.

Os outros membros do grupo criminoso foram identificados a partir do PM, já que o policial era o responsável por delegar funções e impor ordens. Cada integrante tinha uma tarefa dentro da organização, como a negociação e revenda dos entorpecentes a traficantes locais.

A Operação Crotalus contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE); da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e do comando da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Dois PMs presos
Outra operação foi deflagrada pelo MPCE simultaneamente à Operação Crotalus, visando combater crimes praticados por mais dois policiais militares lotados em Cascavel.

A Operação Oculta foi deflagrada pelo Núcleo de Investigação Criminal (NUINC). De acordo com o MPCE, os mandados de prisão contra os dois PMs foram expedidos pela Auditoria Militar.