Tempo seco aumenta risco de incêndios em Quixadá, Quixeramobim e mais três cidades da região

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Queimada na BR-122, no trecho que leva Quixadá a Ibaretama no ano de 2019 (foto: RC)

Região Central: uma pesquisa realizada pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) mostrou que cinco municípios do Sertão Central estão entre os que posseum as maiores chances de incêndios, em função do clima seco e das altas temperaturas registradas nos últimos dias. As cidades citadas no estudo são: Banabuiú, Boa Viagem, Quixadá Quixeramobim e Solonópole.

O estudo foi apresentado em reunião essa semana, promovida pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) do Governo do Estado, com órgãos e instituições de diversas instituições ambientais, para discutir práticas de prevenção e combate a queimadas e a importância da educação ambiental. Além dos municípios do Sertão Central, outras 15 cidades aparecem na lista.

Calor: outra característica marcante do mês de novembro, é o pico do número de foco de queimadas , aponta Cptec/Inpe — Foto: Reprodução/ Rede Vanguarda

No estudo feito pelo órgão cearense de meteorologia, foi constatado que neste período do ano, onde a ausência de chuvas é ponto marcante, as áreas mais secas seriam as que consequentemente carregariam maiores suscetibilidade a incêndios florestais, como as regiões do sertão de Sobral e o de Crateús, até o sertão Central e Inhamuns, no centro-sul cearense.

Para chegar aos dados, a Funceme utilizou informações do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), que é uma técnica de processamento digital de imagens, que observa a umidade da vegetação. Os meteorologistas utilizaram novembro, como mês de referência, mas os dados foram contestados por instituições que participaram do encontro, como Leonardo Almeida Borralho, articulador das unidades de conservação estaduais e coordenador do Comitê de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna).

“A vegetação demonstra que em 2010 tivemos um índice pluviométrico bom, e boa parte do estado estava verde, bem úmido. Já em 2012 foi um período mais seco, e isso contribuiu para incêndios florestais. Em 2014 melhorou um pouco, principalmente no Sul do Estado. E em 2016, já observamos um cenário bem complicado”, disse.

Na reunião, foi anunciada que as áreas cearenses do bioma caatinga que sejam mais sensíveis aos riscos de incêndios, serão assistidas pela Operação Apoena, projeto é promovido pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), com foco no monitoramento, vistoria e fiscalização de áreas de vegetação nativa, em propriedades rurais localizadas em regiões de risco potencial de ocorrência de incêndios florestais.