Veja quantos servidores de prefeituras em cada cidade do Sertão Central pediram o Auxílio Emergencial

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Servidores teriam solicitado os R$ 600 do Auxílio Emergencial mesmo estando trabalhando

Região Central: além de figurar na sétima colocação entre as dez cidades do Ceará, Quixadá é a cidade do Sertão Central que tem o maior número de servidores públicos que solicitaram oa auxílio emergencial do Governo Federal mesmo estando trabalhando. A cidade tem 340 servidores nessa situação.

Os números foram divulgados pelo Portal Revista Central no último dia 12 de junho. Agora, uma lista a qual o portal teve acesso mostra a relação das cidades que mais contém servidores nessa situação. Apenas seis prefeituras não constam na lista com o nome de servidores que receberam a quantia de maneira indevida: Hidrolândia, Jardim, Campos Sales e São Benedito.

Todos os municípios do Sertão Central possuem servidores que devem devolver o valor de R$ 60o. Logo depois de Quixadá é o município de Boa Viagem que aparece em segundo lugar entre as cidades da região Centro: conforme o levantamento 200 trabalhadores lotados na gestão pública de Boa Viagem pediram o auxílio. Quixeramobim vem logo em seguinda, com 186 trabalhadores nesta mesma situação.

No outro extremo está a cidade de Caridade, a única da região que teve apenas uma pessoa encontrada sob essa ilegalidade. Ela teria pedido o valor de R$ 600 enviados pelo Governo Federal mesmo estando trabalhando na prefeitura.

Confirna a lista completa pela ordem proporcional:

1° – Quixadá: 340
2º – Boa Viagem: 200
3° – Quixeramobim: 186
4° – Piquet Carneiro: 176
5º – Canindé: 170
6° – Pedra Branca: 139
7° – Solonópole: 90
8º – Banabuiú: 70
9º – Choró: 53
10º – Ibicuitinga: 42
11° – Deputado Irapuãn Pinheiro: 39
12º – Mombaça: 36
13° – Ibaretama: 25
14° – Senador Pompeu: 22
15° – Milhã: 11
16º – Madalena: 4
17º – Paramoti: 2
18° – Caridade: 1

Nesta segunda, o Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Tribunal de Contas do Ceará (TCE) uma recomendação orientando que o órgão envie às prefeituras o pedido para que, caso o valor recebido pelos servidores não seja devolvido Guia de Recolhimento da União (GRU) até a data de fechamento das folhas de pagamento das prefeituras, os valores sejam descontados em contracheque. O TCE pode aceitar ou não a recomendação e terá até amanhã (quarta, 17) para decidir.

Durante duas semanas, o Tribunal de Contas do Ceará (TCE) e a Controladoria Geral da União no Estado (CGU) realizaram um cruzamento de dados e constataram que servidores lotados tanto nos Municípios como no Estado, deram informações erradas na hora de preencher o cadastro para que pudessem receber os R$ 600. Entre o quadro de beneficiários estão coronéis da Polícia Militar, secretários, diretores de finanças e chefes de setor. Há até mesmo advogados, procuradores municipais e inspetores da Polícia Civil lotados no Tribunal de Justiça.

Para conseguir um por um o nome dos que tiveram a análise do Auxílio Emergencial aprovado, CGU e TCE recorreram a base de dados da Receita Federal, da Caixa Econômica, do Estado e dos municípios. Cruzaram a relação de CPFs inserida no cadastramento do auxílio emergencial com as folhas de pagamentos das administrações do Estado e das prefeituras cearenses. Os mais de 24 mil servidores serão obrigados a devolver o dinheiro em até quatro semanas.

Os prefeitos de cada cidade já receberam a lista com o nome dos funcionários que se encontram nessa situação.