Principal setor da economia quixadaense, comércio sente impacto da pandemia COVID-19

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Centro de Quixadá na tarde desta terça-feira (17).

Quixadá: Com os números crescendo e evidenciando a epidemia que surge de COVID-19 (novo coronavírus), em todo o Brasil, os comerciantes e prestadores de serviços começam a sentir o impacto causado pela pandemia.

Durante esta terça-feira (17), quem passou pelo Centro de Quixadá percebeu a pouca movimentação de pedestres e estabelecimentos, parcialmente ou totalmente vazios. A tendência é que o ritmo urbano diminua nos próximos dias.

O setor terciário (comércio e serviços) é responsável por 70% do PIB de Quixadá, além de ocupar aproximadamente 59% da população economicamente ativa, destes 51% são trabalhadores autônomos do setor informal. (fonte IBGE)

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Na Terra dos Monólitos, onde já foi registrado cinco casos suspeitos e um descartado, o principal setor da economia local tenta se adaptar as novas regras e decretos estabelecidos pelos órgãos públicos. Restaurantes, bares, academias e outros tipos de estabelecimentos que, comumente, aglomeram pessoas, devem seguir as dicas para que continuem funcionando mesmo que parcialmente, ou podem optar por fechar as portas temporariamente.

Bares e restaurantes

Um restaurante de Quixadá, lançou na noite desta terça-feira (17), uma série de ajustes para evitar que o COVID-19 se espalhe entre seus clientes, são eles: limite máximo de 50 pessoas no ambiente, vale ressaltar que o ambiente é aberto e com isso há circulação do ar, distância de 2 metros entre as mesas, e álcool em gel disponível para a clientela. Apesar de o estabelecimento continuar aberto, os donos sugerem que o cliente evite sair de casa e façam pedidos por delivery.

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A entrega de comidas deve ser a principal saída utilizada por estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes. Para não terem prejuízos, os donos desse tipo de comércio devem reforçar o time de delivery, já que o número de entregas devem crescer nos próximos dias.

Academias

As academias podem se tornar um ponto de surto caso algumas medidas não sejam tomadas. A indicação de médicos, como o doutor Dráuzio Varella, é que quem esteja com sintomas de gripe, semelhantes ao do COVID-19, não frequente este tipo de ambiente, que além de aglomerado, é um lugar propício a contaminação através do suor e contato físico.

Para não ter prejuízo, algumas academias estão repassando treinos que podem ser feito em casa. Mesmo assim, alguns destes estabelecimentos hesitam em fechar as portas, o que pode se tornar um problema grave.

Necessidades básicas

A economia quixadaense tem o comércio de alimentos e bebidas como o maior em quantitativo de estabelecimentos no centro urbano. Os supermercados, atacados e varejos do ramo alimentício não devem sofrer diretamente com a falta de cliente, o que pode acontecer em um cenário hipoteticamente grave de surto, é a escassez de alimentos, já que muitos cidadãos podem vir a estocar comida. Este tipo de ação não é recomendado pelas autoridades.

As farmácias desempenham um papel fundamental em tempos de crises epidemiológicas, através da venda de produtos para prevenção e contagio do vírus, como máscara e álcool em gel. Em Quixadá, já foi levantado pelo portal Revista Central que o produto álcool em gel, recomendado por especialistas para assepsia das mãos quando não for possível higienizar com água e sabão, está em falta e muitas farmácias estão sem previsão para renovação do estoque.

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Outros tipos de comércios

Estabelecimentos como vestuário, perfumaria, eletrodomésticos, automecânica, hotéis, dentre outros, devem sofrer com a falta de clientes, tendo em vista a recomendação para que todos fiquem em quarentena e não saiam de casa. há não ser em casos de extrema necessidade.

Crise

Ainda não é possível saber o quão forte essa crise vai ser, mas observando países que já passaram pelo pico de surto do novo coronavírus, o comércio quixadaense deve seguir as recomendações de órgãos públicos e se adaptar para sobreviver em meio a esses desafios.

Gabriel Damasceno
redator