Mesmo preso, Ivan Construção continua como presidente da Câmara de Quixadá por decisão de vereadores

compartilhar no:
Sessão recebeu populares e o presidente interino Dênis Dutra chamou equipes da PM e da GCM (foto: Revista Central)

Região Central: Com uma hora de atraso para o inicio da sessão, a Câmara Municipal de Quixadá virou cenário de muita bagunça, desordem e atos que chamam a atenção, no fim, Francisco Ivan Benicio de Sá- o Ivan Construção continua na presidência da Casa Legislativa, mesmo preso.

Dênis Dutra, com o objetivo de intimidar a população, colocou policiais militares e guardas civis municipais no plenário da Casa do Povo.

A decisão para manter Ivan na presidência foi articulada pela base de apoio do prefeito Ilário Marques. O petista encontra-se preso preventivamente, acusado de chefiar uma organização criminosa que “assaltava” os cofres públicos, através de fraudes em licitações e tantos outros crimes contra a administração pública.

Na turbulenta sessão, a vereadora Rosa Buriti pediu a população respeitasse Ivan Construção. Já a vereadora Jéssica Severo, aliada do grupo político, disse que jamais julgaria alguém que não estivesse condenado pela justiça e para ela, dando a entender que Ivan é inocente.

O presidente interino Dênis Dutra leu um trecho da decisão que decretou a prisão preventiva do chefe da organização delituosa. Para ele, cassar Ivan seria ir contra a medida cautelar do Poder Judiciário, mas sua tentativa de manipular os fatos não foi aceito pela maioria dos vereadores.

O vereador Louro da Juatama foi incisivo, para ele, já foi comprovado que Ivan Construção cometeu crimes. “Mim deixa intrigado são os discursos, parece que a Câmara Municipal não é um poder independente”. Para ele, a Câmara é subserviente e o Ivan não tem condição ética e moral para voltar a presidir a Câmara Municipal de Quixadá.

Para José Evaristo, a população fala que todos os vereadores estão no mesmo barco do presidente.

Oito vereadores votaram para destituir Ivan Construção da presidência da Câmara de Quixadá, enquanto sete foram a favor da permanecia. Havia necessidade de 12 votos.

Votaram a favor de cassar o cargo de presidente: Cabo Marlim, Cesar Augusto, Evaristo Oliveira, Carlos Eduardo, Luiz do Hospital, Marcelo Ventura, Damasceno e Louro da Juatama.

Votaram para Ivan continuar sendo presidente da Câmara, mesmo preso: Rosa Buriti, Jesyca Severo, José Maria, Gutemberg Queiroz-Guto da Glaudiesel, Denis Dutra, Neto do Custódio e Iranildo Barbosa-Bacuri.

O vereador Laércio Oliveira, como sempre faz, não foi participar da sessão polêmica.

No fim, o vereador Zé Maria foi discutir com manifestantes, ameaçando prende-los. A situação foi tensa.