Hospital Regional do Sertão Central realiza quase mil atendimentos de AVC em um ano de funcionamento do serviço

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O tratamento ofertado no Hospital Regional do Sertão Central oferece aos pacientes um atendimento multiprofissional 24 horas por dia. Foto: Reprodução

Região Central: A cada 24 horas, uma pessoa com Acidente Vascular Cerebral chega para ser atendida no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), do Governo do Ceará, localizado em Quixeramobim. Em um ano de funcionamento da Unidade de AVC agudo e da Unidade de AVC subagudo, foram realizados 956 atendimentos nos respectivos serviços. Os pacientes são transportados até o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU Ceará – 192) ou encaminhados dos municípios via Central de Regulação do Estado.

O tratamento ofertado no Hospital Regional do Sertão Central oferece aos pacientes um atendimento multiprofissional 24 horas por dia. Com a abertura desses serviços, a população da macrorregião de saúde do Sertão Central passou a ter uma estrutura especializada no tratamento do AVC, popularmente conhecido como “derrame”.

Uma das pacientes beneficiadas com essa assistência foi a aposentada Maria Aurora Gonzaga Marreiro, 73 anos, residente no município de Canindé, que foi internada no hospital após sofrer um AVC isquêmico. “Fiquei encantada com tudo que vi aqui. Eu fui muito bem recebida, desde o momento que eu cheguei até a hora de receber alta. É um atendimento especial, passando pela equipe de assistência até os profissionais da limpeza. Pra ser sincera, sinto um misto de saudade e alegria. Me senti tão bem tratada que não queria ir embora”, afirmou Maria, emocionada e grata pelo atendimento, e também feliz por voltar para casa.

Segundo o Ministério da Saúde, o AVC é a segunda maior causa de morte no Brasil. A cada ano, das 400 mil pessoas diagnosticadas com a doença, 100 mil morrem, sendo o mais comum no Brasil e no mundo, o AVC isquêmico, com 85% dos casos registrados. Considerada uma doença crônica não transmissível, o AVC pode ser evitado com hábitos de vida saudáveis e possui tratamento em médio e longo prazos.

De acordo com o coordenador médico das unidades de AVC do HRSC, Alan Cidrão, 90% dos casos da doença poderiam ser evitados com a adoção de medidas de autocuidado. “Entre os principais fatores de risco estão a hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo. É preciso que a população se conscientize e fique atenta com a prevenção dos fatores de risco. A prática de exercícios regulares e uma alimentação mais saudável são recomendadas para se evitar um acometimento de AVC”, destacou o neurologista.

“É de suma importância a identificação precoce dos sinais e sintomas do AVC, tanto por parte do paciente, familiar e/ou primeiro atendimento, para que esse paciente possa ser beneficiado pelo tratamento mais adequado em unidade de referência, pois a urgência no atendimento é crucial, visando reduzir a chance de sequelas graves e incapacitantes”, ressalta a coordenadora do serviço, Anna Karuza Feitosa.

Como reconhecer um AVC
Diante de uma pessoa com suspeita de AVC deve-se lembrar de quatro palavras: sorriso, abraço, mensagem, urgente. É a escala SAMU. É fácil de ser aplicada.
Pede-se para a pessoa sorrir, levantar os braços como se fosse abraçar e repetir uma mensagem. Se o paciente sorrir torto, não levantar um dos braços ou se levantar esse logo cair ou se não compreender ou conseguir repetir a mensagem, URGENTE, chame o SAMU.

Os sintomas do derrame são: perda súbita da força muscular em um lado do corpo; formigamento/dormência em um lado do corpo; dificuldade súbita para falar e/ou compreender o que se fala; perda visual súbita, particularmente de um olho apenas; tontura/vertigem e/ou dificuldade no equilíbrio de instalação súbita; e dor de cabeça súbita, diferente de todas que a pessoa já sentiu, sem causa aparente.