Com ventos favoráveis e rampa natural, cidade de Quixadá é destaque em voo livre

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Rampa natural, situada a 550 metros de altitude, é ponto de peregrinação de fãs e profissionais do voo livre no Ceará — Foto: Reprodução/TVM

Região Central: Quem chega a Quixadá, no Sertão do Ceará, vai logo olhando para o alto. Além dos famosos monólitos, formações rochosas gigantes que cercam a cidade, o Santuário Nossa Senhora Imaculada, localizado no município, a uma altitude de 550 metros, tornou-se ponto de peregrinação de profissionais e admiradores do voo livre.

O piloto Cillfarney Almeida, o “Passarinho”, foi um dos primeiros a voar na rampa, há 29 anos. “Hoje o Havaí do voo livre é Quixadá. Todo piloto de parapente sonha um dia voar em Quixadá”, diz.

O santuário abriga uma rampa conhecida entre pilotos de todo o mundo por ter sido palco de quebra de recordes sul-americanos e mundiais de permanência no ar. Por R$ 200, visitantes podem também experimentar a sensação do voo livre de parapente ou asa delta.

Por R$ 200, visitantes podem ter experiência do voo de parapente ou asa delta no Ceará — Foto: Divulgação/TVM

“Esse calor do sertão absorve a luz solar no solo e isso gera uma bolha de ar quente se transforma em uma térmica, fazendo com que o parapente, ao encontrar essa massa de ar, ou a asa delta, tenha essa proporção de girar e ganhar altitude. O segundo fator importante aqui é o vento”, explica o piloto Kido Aranha.

Quando o vento não oferece condições favoráveis para voar na rampa natural, os pilotos utilizam uma rampa artificial feita de concreto, também situada na cidade, para praticar o voo livre.

“O vento não pode estar muito forte. Nem com ausência de vento. Tem que ter um equilíbrio perfeito. A gente vai pegar a janela de vento, que é nada mais, nada menos, que o intervalo entre as rajadas. E é nesse intervalo exato que a gente que tem decolar”, afirma o piloto José Willian dos Santos.

Apelidado de “Galego”, José Willian alcançou a impressionante marca de cinco horas e meia de permanência no ar. Foram 250 quilômetros percorridos, indo do Ceará para Piauí. Além das condições climáticas, ele afirma que as paisagens de Quixadá tornam a experiência do voo livre ainda mais especial.

“Uma sensação maravilhosa que a gente tem aqui, que torna o voo mais emocionante é a gente encostar nessas pedras enormes, que são os monólitos”, conta.

Conteúdo: G1