Obra aguardada há décadas é iniciada em Quixadá

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obra_jose_caetanoO comerciante Cícero Holanda de Castro, não acredita na conclusão dentro do prazo informado.

A aflição e os aborrecimentos de centenas de moradores de Quixadá estão chegando ao fim. Eles residem nas imediações do terminal rodoviário de Quixadá e do Bairro da Lagoa. Quando as chuvas chegam, a água bate à porta de boa parte das casas e até invade algumas. A solução é a construção de um canal, prometido pelos órgãos públicos há mais de 10 anos. Finalmente, a obra de drenagem começou. Uma retroescavadeira abriu os primeiros 50 metros do canal subterrâneo, na Avenida José Caetano.

Operários trabalham na estrutura de concreto. Segundo a Prefeitura, o serviço deverá estar pronto dentro de 180 dias, se não houver imprevistos.

Conforme o titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), Carlos Vitorino Cavalcante, apesar da população reclamar da demora da obra, somente a atual administração assumiu o compromisso de realizá-la.

Já estaria pronta não fosse a necessidade de paralisação por conta das obras do Sanear II e da adutora do açude Pedras Brancas, concluídas no fim de dezembro passado. Com a demora, a empreiteira solicitou reajuste de valores, havendo necessidade de readequação do projeto. Ao invés de 1.400 metros de drenagem, serão realizados 900. “Mas, atenderá ao anseio dos moradores”, garante Cavalcante.

Caso a readequação não fosse realizada o Município, perderia quase R$ 3 milhões. O dinheiro retornaria a Brasília. Os recursos foram liberados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Durante o período de paralisação, houve rendimento de R$ 500 mil na Caixa Econômica Federal (CEF), mas dispositivos legais impedem a utilização dos dividendos extras no projeto original. Foi feito um novo projeto e, após aprovação do MMA, a verba foi liberada.

Os 500 metros restantes, até a lagoa do bairro, serão realizados noutra etapa, explicou Carlinhos. Apesar do esforço da Seduma, a vizinhança observa a obra desconfiada. Um dos prejudicados, o comerciante Cícero Holanda de Castro, não acredita na conclusão dentro do prazo informado, de seis meses. Ele diz ter experiência na área, já trabalhou com construção. Para ele, apesar do benefício, o sofrimento vai demorar pelo menos 18 meses. Embora somente agora esteja sendo notados por quem circula pela José Caetano, os serviços foram iniciados há dois meses. Ele também demonstra preocupação na continuidade da obra. Não sabe se o sucessor do atual prefeito, Rômulo Carneiro, o qual não está na disputa eleitoral, dará continuidade ao compromisso.

Sobre a possível paralisação da obra, com a posse do novo gestor municipal, o secretário de Desenvolvimento Urbano acredita não haver riscos. Como os recursos são federais e o compromisso é do poder público municipal, terá a obrigação de conclui-la e prestar contas com o Governo Federal. Caberá também ao futuro gestor buscar recursos para a recuperação da pavimentação asfáltica dos trechos danificados pelas escavações.

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